postado em 19/09/2008 15:45
O petróleo sobe para além dos US$ 100 nesta sexta-feira (19/09) na esteira das expectativas sobre o plano do governo dos Estados Unidos para ajudar o mercado financeiro. Hoje, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse que o governo americano gastará "centenas de bilhões de dólares" e promoverá uma maior intervenção no mercado imobiliário para responder à crise financeira.
A medida foi bem vista por analistas do setor financeiro, que já contavam com algumas medidas mais drásticas das autoridades americanas para fazer frente à crise. Quando o Federal Reserve (o banco central americano) não impediu que o banco Lehman Brothers quebrasse, muitos disseram o Fed tinha "jogado a toalha". As notícias sobre o pacote de socorro aos bancos projetou os ganhos dos mercados finaceiros e ajudaram a puxar a alta do petróleo, cuja demanda poderia ser profundamente afetada com a crise. Às 14h53 (horário de Brasília), na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o barril para entrega em outubro subia 2,69%, para US$ 100,51. Durante a sessão, o barril atingiu o pico de US$ 103,64 e US$ 97,39, na cotação mais baixa. Em Londres, o petróleo brent (de referência na Europa) ganhava 2,79%, para 97,85% o barril, ante o fechamento de ontem (US$ 95,19).
"O petróleo está subindo devido a maior confiança no mercando financeiro. Há um sentimento que a crise está próximo do fim e que pode ser um período favorável para comprar", disse Gerard Rigby, um consultor independente de energia.
No Brasil, a Bovespa opera no embalo da euforia das notícias do governo dos EUA. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valoriza 8,37% e atinge os 52.474 pontos.
Na Europa, onde os negócios já se encerraram, a Bolsa de Londres disparou 8,84%, para 5.311,30 pontos; a Bolsa de Paris teve alta de 9,27%, indo para 4.324,87 pontos; a Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 5,56%, indo para 6.189,53 pontos; e a Bolsa de Zurique teve ganho de 6,07%, indo para 7.025,17 pontos.
Mais cedo, as bolsas asiáticas também acusaram a boa recepção do mercado financeiro às medidas. Em Tóquio, a Bolsa local fechou em alta de 3,76%; em Hong Kong, o índice de ações Hang Seng disparou 9,16% e em Xangai, os papéis do mercado local valorizaram 9,6%.
Nos Estados Unidos, epicentro da crise, (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) opera em alta de 3,16%, indo para 11.367,60 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 subia 3,58%, indo para 1.249,66 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 2,36%, indo para 2.251,08 pontos.