Economia

BC vende US$ 300 milhões restantes em segundo leilão

;

postado em 19/09/2008 16:05
O Banco Central vendeu mais US$ 300 milhões nesta sexta-feira (19/09) para ajudar a reduzir a volatilidade no mercado de câmbio. Ontem, o BC anunciou que venderia US$ 500 milhões ao mercado, em um momento em que a moeda já era cotada a R$ 1,95 e ajudou a segurar a alta da moeda norte-americana. Hoje, no primeiro leilão, o BC conseguiu vender apenas US$ 200 milhões para duas instituições (US$ 100 milhões para cada uma), a uma taxa de R$ 1,838. O dinheiro será recomprado pelo BC em 30 dias, por uma taxa de R$ 1,8511. A instituição decidiu então promover outro leilão, para vender os US$ 300 milhões restantes. Nesse caso, foram aceitas propostas de seis instituições. O BC não divulgou os valores comprados por cada uma. Nessa segunda rodada, as cotações foram mais baixas, devido à desvalorização do dólar ao longo do dia, puxada, principalmente, pela melhora no cenário internacional. O dólar foi vendido a R$ 1,827 e será recomprado a R$ 1,839953. Cinco anos depois Esses são os primeiros leilões de venda de moeda estrangeira desde o início 2003, quando o BC suspendeu as operações iniciadas durante a crise de 2002. Na época, a moeda encostou em R$ 4,00. Ainda não está definido se haverá leilões em outros dias. Hoje, o BC possui mais de US$ 200 bilhões em reservas internacionais, mais US$ 20 bilhões das operações de swap cambial reverso (onde o BC paga juros e recebe a variação da moeda estrangeira). A liquidação das operações de venda dos dois leilões será no próximo dia 23. A liquidação das recompras ocorre no dia 23 de outubro. Em nota, o BC informou ontem que "em função da restrição de liquidez observada nos mercados financeiros internacionais" iria vender dólares ao mercado, em uma decisão "de caráter temporário" e que não tem como objetivo influir na taxa de câmbio. "O Banco Central reafirma que não existe meta para a taxa cambial, seja com fixação de tetos ou pisos", disse ainda a nota.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação