Economia

Sindhobar-DF: lei seca causou 500 demissões e 400 estão de aviso prévio

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postado em 19/09/2008 20:00
O Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Distrito Federal (Sindhobar-DF) alega que os 5,6 mil estabelecimentos do setor de alimentos, bebidas e hospedagem que representa no DF já efetuaram 500 demissões e colocaram 400 funcionários em aviso prévio desde que a lei 11.705/08 - conhecida como a lei seca, ou lei da tolerância zero ao álcool - entrou em vigência. A nova legislação, que estabelece punições severas para motoristas que apresentarem índice de álcool por litro de sangue superior a 2 decigramas, completa três meses neste sábado (20/09). O Sindhobar afirma ainda que a nova lei deve prejudicar a tradicional alta no faturamento dos bares e restaurantes com o horário de verão, quando os clientes costumam estender o happy hour em razão das horas extras de luz. O sindicato estima também que as contratações temporárias de final de ano, que começam a partir de novembro no setor, devem cair substancialmente. De acordo com Clayton Machado, presidente do Sindhobar-DF, os 500 trabalhadores que teriam sido demitidos nos últimos três meses são majoritariamente garçons. Funcionários indiretamente ligados ao setor de bebidas e alimentos - vigias, manobristas - também teriam sido atingidos e perdido seus empregos. "Agora os estabelecimentos estão com esses 400 de aviso prévio e segurando para ver se a situação melhora com o movimento de final de ano e com o horário de verão", afirma. Segundo Machado, o horário de verão - que este ano começa em 18 de outubro e vai até 15 de fevereiro de 2009 - é, historicamente, o período de maior incremento no movimento de bares. "O faturamento aumenta em média 20% com relação aos períodos normais. Este ano, estamos trabalhando com expectativa de alta de 5%", afirma o presidente do Sindhobar. As festas e recessos de final de ano também trazem incremento no movimento dos bares e restaurantes e, por isso, todos os anos o Sindhobar costuma contratar aproximadamente 4 mil trabalhadores temporários, segundo informações de Clayton Machado. Ele afirma, no entanto, que em 2008 deve haver queda de 50% nessas contratações.

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