postado em 21/09/2008 18:29
O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, pediu pressa ao Congresso dos Estados Unidos na aprovação do plano de emergência de US$ 700 bilhões, segundo a agência BBC Brasil. O pacote de socorro do governo George Bush, se aprovado pelos parlamentares norte-americanos, será, segundo analistas, a maior intervenção do setor público norte-americano no mercado financeiro desde a década de 30.
De acordo com a BBC Brasil, o fundo adquiriria papéis podres de instituições financeiras com atuação significativa no mercado dos Estados Unidos. São considerados papéis podres títulos que perderam excessivamentes seus valores e são considerados micados no jargão do mercado financeiro.
Henry Paulson pediu ainda, conforme matéria da BBC Brasil, que outros países adotem planos semelhantes de socorro para aumentar a confiança dos investidores. Falando TV americana, o secretário do Tesouro afirmou que a turbulência no mercado foi uma experiência de humildade.
O mercado financeiro mundial começa a semana na Ásia na expectativa dos detalhes do plano financeiro de emergência, que está sendo eleborado pelo governo dos Estados Unidos, mas ainda precisa de autorização do Congresso norte-americano.
A BBC apurou ainda que alguns parlamentares do Congresso dos Estados Unidos discordam que essa montanha de dólares dos contribuintes seja usada na compra desses papéis, mas o Partido Democrata informou que espera uma ação rápida do governo, dirigido pelo republicano George Bush.
Na sexta-feira (19/09), quando pouco se conhecia do plano, só o anúncio teve reflexão imediata nas bolsas de valores em todo o mundo. A bolsa brasileira (Ibovespa), que tem amargado grandes perdas, fechou em alta de 9,57%. Os altos índices se repetiram pelo mundo fora.
O certo é que o final de semana serviu para dar uma trégua ao mercado financeiro com as bolsas fechadas, mas ninguém sabe ao certo qual será a reação quando as bolsas voltarem a funcionar amanhã e maiores detalhes forem revelados sobre o plano do secretário do Tesouro, Henry Paulson, do presidente do Fed (Federal Reserve - o banco central americano), Ben Bernanke, e membros do Congresso em Washington. Entre os problemas de Paulson é convencer o Congresso a aprovar o limite de endividamento público de US$ 10,6 trilhões para US$ 11,3 trilhões.