postado em 22/09/2008 12:29
As ações da Petrobras evitam uma queda ainda maior da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta segunda-feira (22/09). O mercado aguarda os desdobramentos do plano de ajuda financeira do governo americano, já encaminhado ao congresso local. Analistas ressaltam que a aversão ao risco continua alta entre os investidores.
Em Nova York (Nymex), o preço do barril sobe aceleradamente - após perder o nível dos US$ 100 na semana passada - e ronda a casa dos US$ 108, com avanço de 4,2%.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, desvaloriza 0,48% e desce para os 52.799 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,82 bilhão.
A ação preferencial da Petrobras, com volume de R$ 381 milhões, ganha 1,02%, enquanto a ação ordinária sobe 1,51%. A ação preferencial da Vale do Rio Doce, outro papel bastante influente da Bolsa, retrai 1,73%.
O dólar comercial é cotado a R$ 1,801 na venda, em decréscimo de 1,63%. A taxa de risco-país marca 272 pontos, número 2,15% abaixo da pontuação anterior.
Na Europa, as principais Bolsas de Valores perderam o fôlego inicial e operam com perdas, a exemplo de Londres (baixa de 0,66%) e Frankfurt (recuo de 0,92%). Em Nova York, a Bolsa local retrai 1,61%.
A partir de hoje o Congresso dos EUA deve avaliar o plano de resgate de US$ 700 bilhões para o setor financeiro. O plano daria ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, autoridade para comprar todo o valor em ativos relacionados às hipotecas para dissipar a grave crise financeira, segundo a imprensa norte-americana.
Entre as principais notícias do dia, o BCE (Banco Central Europeu) já anunciou que vai realizar um novo leilão extraordinário, para para injetar US$ 40 bilhões no mercado interbancário, menos de uma semana após oferecer outros US$ 80 bilhões, para evitar problemas de liquidez nos bancos.
O Banco da Inglaterra vai oferecer outros US$ 40 bilhões às instituições com problemas de financiamento por conta da crise dos créditos "subprime".
No front doméstico, o boletim Focus revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para baixo, pela oitava semana consecutiva, as projeções para a inflação. O IPCA previsto caiu de 6,26% para 6,23%. O mercado, no entanto, reajustou para cima suas expectativas para a taxa de câmbio: o dólar projetado subiu de R$ 1,65 para R$ 1,70 no final deste ano.