Economia

Bovespa recua 2%; dólar avança 1,56%, a R$ 1,820

;

postado em 23/09/2008 12:29
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofre perdas nos negócios desta terça-feira (23/09), apesar do desempenho positivo das Bolsas americanas, sua principal referência externa. As ações líderes do mercado, Petrobras e Vale do Rio Doce, derrubam o mercado, enquanto a taxa de câmbio crava R$ 1,82. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, desvaloriza 2% e alcança os 50.513 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,51 bilhões. Em um dia de correção dos preços da petróleo - o barril desce para US$ 106, em baixa de 2% - a ação preferencial da Petrobras recua 2,52%. Outra ação importante da Bolsa, a ação da Vale do Rio Doce despenca 3,15%. O dólar comercial é cotado a R$ 1,820 na venda, com avanço de 1,56%. A taxa de risco-país marca 281 pontos, número 0,70% abaixo da pontuação anterior. As Bolsas européias concluíram os negócios em baixa, a exemplo de Londres (declínio de 1,91%) e Frankfurt (baixa de 0,64%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,60%. O mercado permanece em suspense, ainda com incertezas sobre a eficácia do pacote de ajuda financeiro para deter os piores desdobramentos da crise dos créditos "subprime". Há dúvidas sobre o montante dos recursos disponíveis face à dimensão dos créditos problemáticos, sem esquecer dos custos para as contas públicas dessa iniciativa. Hoje, Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA, e Ben Bernanke, titular do banco central americano, fazem um apelo ao Congresso local para que os legisladores aprovem com rapidez as medidas. "A ação do Congresso é necessária com urgência para estabilizar a situação e evitar o que, de outro modo, pode ter sérias conseqüências para nossos mercados financeiros e para nossa economia", afirma Bernanke, em discurso cujo conteúdo já foi adiantado para as agências internacionais. Pouco mais tarde, o presidente George W. Bush declarou que seu governo "está trabalhando para aprovar esta estratégia [o pacote]" e que é preciso "agir com a urgência que a crise precisa". "Precisamos trabalhar em termos de metas e nos mantermos firmes em relação às nossas propostas", disse ele, em discurso na 63¦ Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). No front doméstico, o Banco Central revelou que sua previsão para o déficit em transações correntes de US$ 28,8 bilhões para este ano, uma piora em relação à estimativa anterior, de US$ 21 bilhões. Trata-se da pior cifra em dez anos. Somente em agosto, as transações correntes do Brasil com o exterior, importante indicador que mede a vulnerabilidade externa do país, tiveram déficit de US$ 1,09 bilhão, resultado melhor que o registrado no mês de julho (US$ 2,111 bilhões). No ano, no entanto, o déficit atinge US$ 20,6 bilhões - no mesmo período de 2007, o resultado era um superávit de US$ 3,045 bilhões.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação