postado em 24/09/2008 13:37
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou nesta quarta-feira (24/09) uma proposta de 7,5% de reajuste salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com os sindicalistas, a categoria pede 7,15% de reposição da inflação mais 5% de aumento real. Os representantes dos bancários querem que os sindicatos realizem assembléia até a próxima segunda-feira para no dia 30 fazer uma greve de 24 horas.
Outro ponto de controvérsia entre as partes trata do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os sindicalistas querem três salários mais valor fixo de R$ 3.500, mas os bancos aceitam, por enquanto, pagar 80% do salário, acrescido de valor fixo de R$ 943,85, e valor adicional de acordo com a variação do crescimento do lucro líquido de cada instituição.
"Não abrimos mão de aumento real de salários e não aceitaremos PLR inferior a do ano passado. Mantendo o mesmo formato de PLR, grande parte dos bancários não receberá o valor adicional já que os bancos mantiveram lucros elevados no mesmo patamar do ano passado", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) da Central Única dos Trabalhadores e coordenador do comando nacional, Vagner Freitas, a proposta dos bancos é inaceitável visto os "resultados extraordinários" anunciados pelas instituições financeiras no país.
"Os bancos estão apostando no confronto. Está claro que para fazer os banqueiros avançarem nas negociações só com greve. E é isso que temos de preparar", afirma Freitas.