Jornal Correio Braziliense

Economia

Emprego na construção civil cresce 11,4% em um ano, diz Seade/Dieese

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O setor da construção civil fechou agosto deste ano com crescimento de 11,4% em relação ao mesmo mês de 2007 e liderou a relação proporcional entre os setores pesquisados pela Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De julho de 2008 para o mês passado, o setor também ficou a frente com crescimento de 2,6% nas pessoas empregadas. Segundo o levantamento, a construção civil é seguida pelo comércio (7,9%), serviços (5,9%), outros (2,7%) e indústria (0,9%). No total, o acréscimo de pessoas empregadas atingiu 5,4% em um ano. Em agosto de 2007, existiam 849 mil pessoas empregadas na construção civil enquanto no mesmo mês deste ano foi verificada a existência de 946 mil trabalhadores. Em 12 meses, a região metropolitana de Recife registrou o maior percentual de crescimento (15,7%) da construção civil entre as seis capitais pesquisadas. Em segundo lugar aparece Salvador, com 13,3%, seguida por Belo Horizonte (14,1%), São Paulo (10,6%), Distrito Federal (8,7%) e Porto Alegre (8%). Apesar da alta no ano, Recife também aparece com destaque negativo na geração de vagas na construção civil, com redução de 4,8% entre julho e agosto deste ano. A região metropolitana de Porto Alegre foi a outra que registrou queda do emprego no setor, com índice negativo de 2,1%. Belo Horizonte (6,6%) e São Paulo (3,9%) puxaram a média total para 2,6% no mês. Salvador e Distrito Federal fecharam agosto estável em relação a julho. "A queda verificada em Recife e Porto Alegre pode ser explicada pelo aumento das chuvas, que atrapalharam as obras", explicou a economista do Dieese Patrícia Lima Costa. Segundo ela, o que impulsionou o setor na Grande BH foi o aumento de contratações para obras públicas. Outro aspecto do levantamento destacado pela economista do Dieese trata do aumento de 1,9% de contratações sem carteira assinada entre julho e agosto deste ano, contra crescimento de 1,2% de novas vagas formais. No ano, o crescimento foi de 5,7% e 8,3%, respectivamente. "A gente atribui esse crescimento (de vagas sem carteira assinada) as incertezas da economia", afirmou Costa.