Economia

Bovespa valoriza 2,75%; dólar recua 1,61%, a R$ 1,828

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postado em 25/09/2008 11:23
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanha o bom humor das Bolsas internacionais, com um relativo otimismo sobre a aprovação do bilionário pacote anticrise dos EUA. O mercado brasileiro tem um motivo adicional para melhorar: a descoberta de nova jazida de óleo e gás no pré-sal, o que deve favorecer as ações da Petrobras. Ontem à noite, o presidente George W. Bush fez um discurso em cadeia nacional sobre a crise econômica e pediu urgência na aprovação do plano de US$ 700 bilhões. O Executivo americano pretende criar um fundo de US$ 700 bilhões para absorver os créditos problemáticos e sanear o sistema financeiro, às voltas com uma crise de confiança entre os bancos que paralisa a circulação de recursos. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, avança 2,75% e atinge os 51.215 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,03 bilhão. "O pronunciamento do presidente Bush, em cadeia nacional, reforça a idéia de que o pacote estaria mais próximo, já com discurso uníssono de democratas e republicanos", avalia José Francisco Gonçalves, economista-chefe do banco Fator. A ação preferencial da Petrobras valoriza 2%, respondendo por mais de 20% do volume total de negócios da Bolsa de Valores. O dólar comercial é cotado a R$ 1,828 na venda, em decréscimo de 1,61%. A taxa de risco-país marca 288 pontos, número 1,70% abaixo da pontuação anterior. Ontem, o mercado viveu um dia tenso com os desdobramentos da crise dos créditos "subprimes" e a aprovação do pacote anticrise da Casa Branca. Hoje, o humor dos investidores melhora com a perspectiva de um possível consenso político nos EUA. Em Londres, o índice FTSE avança 0,63%, enquanto o índice Dax, do mercado de Frankfurt, sobe 1,97%. Nos EUA, o índice Dow Jones, de repercussão global, valoriza 1,84%. Para pressionar o Congresso pela aprovação do plano, Bush fez um discurso sem meias palavras sobre a crise. "Sem ação imediata do Congresso, os EUA podem afundar em um pânico profundo", declarou o presidente na noite desta quarta-feira. "Esse esforço de resgate não se destina a preservar alguma empresa ou setor em particular. Ele pretende preservar a economia como um todo", afirmou ele.

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