Economia

Socorro do Fed a bancos atinge recorde de US$ 262 bi

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postado em 25/09/2008 19:54
Os empréstimos da linha de redesconto (crédito emergencial) do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) para os bancos atingiram novo recorde na semana passada, em meio ao esforço de parlamentares dos EUA para consolidar um acordo sobre o plano de socorro de US$ 700 bilhões do Tesouro americano para o mercado financeiro O total de empréstimos, incluindo instituições depositárias e primary dealers (bancos autorizados a negociar diretamente com o Fed), mais do que dobrou, atingindo recorde de US$ 262,34 bilhões na semana encerrada ontem, ante US$ 121,29 bilhões na semana passada, segundo relatório do Fed. A média diária de empréstimos também saltou de US$ 47,97 bilhões para US$ 187,75 bilhões na semana passada Na quarta-feira, a instituição também liberou um empréstimo de US$ 44,57 bilhões para a seguradora American International Group (AIG), equivalente a mais da metade da linha de crédito da companhia com o Fed, de US$ 85 bilhões. Na quarta-feira passada, a AIG tomou emprestados US$ 28 bilhões, dois dias após a abertura da linha de crédito pelo Fed Os empréstimos por meio do mecanismo de crédito para primary dealers, criado em março para os bancos de investimentos logo após o quase colapso do Bear Stearns, também atingiu recorde de US$ 105,66 bilhões até quarta-feira, em comparação a US$ 59,78 bilhões na semana anterior, encerrando um período de jejum em que os bancos de investimento não utilizaram o mecanismo. O número inclui empréstimos feitos ao Goldman Sachs, Morgan Stanley e Merrill Lynch, assim como aos seus equivalentes britânicos, conforme anunciado pelo Fed no fim de semana O acesso ao crédito para os primary dealers marca a primeira vez desde a Grande Depressão em que primary dealers não-bancários foram autorizados a tomar empréstimos da janela de redesconto do Fed, privilégio geralmente reservado para bancos comerciais que se submetem a maior controle regulatório. Nas últimas semanas, o Fed disse que aceitaria uma série mais ampla de garantias, incluindo títulos e ações sem classificação de investimento em troca dos empréstimos. As informações são da Dow Jones

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