postado em 26/09/2008 11:13
O impasse sobre a aprovação do pacote anticrise derruba as Bolsas de Valores em todo o mundo, incluindo a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), enquanto pressiona a taxa de câmbio. Embora haja dúvidas sobre a eficácia do pacote para debelar a crise dos créditos "subprime", o plano de US$ 700 bilhões é visto como única atitude de curto prazo para evitar o pior. O presidente George W. Bush fez uma declaração rápida em cadeia nacional, para reafirmar a gravidade da crise.
O mercado nacional ainda tem um agravante, com a perspectiva de que grandes empresas exportadoras revelem prejuízos com a crise internacional. Ontem, a Sadia admitiu perdas R$ 760 milhões devido à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana". A ação preferencial da fabricante de alimentos despenca 28,17%, para R$ 6,68.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recua 3,59% e desce para os 49.968 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,34 bilhão.
As ações líderes da Bolsa, Petrobras e Vale do Rio Doce, amargam queda superior a 4%. A ação preferencial da petrolífera cede 4,54%, enquanto o papel da mineradora retrai 5,33%.
O dólar comercial é cotado a R$ 1,854 na venda, com avanço de 1,81%. A taxa de risco-país marca 294 pontos, número 4,25% mais alto que a pontuação anterior.
As Bolsas européias e americanas amargam baixa, em meio à incerteza generalizada sobre a aprovação, e o termos do pacote de ajuda financeira para contar a crise dos créditos "subprime". Em Londres, a Bolsa sofre retração de 2,13%; em Frankfurt, as ações caem 1,64%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 0,53%.