Economia

Estatais russa e venezuelana de petróleo assinam acordo de cooperação

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postado em 26/09/2008 15:42
Diretores da estatal russa Gazprom e da companhia venezuelana Petróleos de Venezuela (PDVSA) assinaram nesta sexta-feira (26/09) um acordo para "determinar possíveis direções para a cooperação" entre ambos os países, na presença do presidente Hugo Chávez e seu colega russo Dimitri Medvedev. Além disso, cinco gigantes russos da produção de hidrocarbonetos anunciaram que vão investir milhões de dólares na Venezuela, dentro do consórcio que será formado até 2009, segundo o ministro russo da Energia, Serguei Chmatko. Os cinco grupos russos são Gazprom, Loukoil, TNK-BP, Surgutneftegas e Rosneft, que criarão, em princípio, um consórcio russo para, posteriormente, se associar a companhias venezuelanas, entre elas a PVDSA. "Agradeço ao senhor e a Putin (o primeiro-ministro Vladimir Putin) por propor a formação de um consórcio de petróleo e de gás entre a PDVSA e a Gazprom", afirmou Chávez. No espírito de cooperação entre os dois países, que têm em comum as riquezas petroleiras e a rivalidade com os Estados Unidos, Chávez já havia permitido, em julho passado, que três companhias russas (Gazprom, Lukoil e TNK-BP) operem na Faixa do Orinoco, região sul da Venezuela rica em petróleo. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e importante abastecedor do mercado dos Estados Unidos. Na véspera, Putin propôs a Hugo Chávez cooperar nos setores nuclear, militar e tecnológico, ao recebê-lo em sua residência em Moscou. Empréstimo para armamento A Rússia também concedeu um empréstimo de US$ 1 bilhão à Venezuela para a compra de armamento russo, anunciou o Kremlin em nota divulgada antes do início da visita de Hugo Chávez ao país. O Kremlin indicou que, desde 2005, a Venezuela assinou 12 contratos de armas com a Rússia no valor total de US$ 4,4 bilhões (3 bilhões de euros). A Venezuela comprou aviões de caça, carros de combate e fuzis de assalto da Rússia e planeja adquirir sistemas antiaéreos, veículos blindados e aviões de combate, informou na semana passada o diretor da Russian Technologies, Serguei Shemezov, ligado ao ex-presidente e atual premier russo, Vladimir Putin. O presidente venezuelano chegou quinta-feira à Rússia, em viagem internacional que o levará também para França e Portugal.

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