postado em 28/09/2008 17:14
O senador republicano Judd Gregg anunciou neste domingo (28/09) que os legisladores americanos chegaram a um acordo sobre os detalhes do plano de resgate do setor financeiro, que será levado para votação no Congresso na segunda-feira (29/09).
"Acho que é um bom resultado", declarou o senador, em entrevista coletiva, após várias horas de negociação com a Administração do presidente George W. Bush sobre o plano de US$ 700 bilhões para resgatar e reestruturar os bancos americanos.
"Espero que a Câmara de Representantes e o Senado possam votar amanhã", completou.
"Demos ao secretário do Tesouro a autoridade e os recursos e a flexibilidade necessários - que ele sente que são necessários - e, claro, é ele que tem a última palavra para poder avançar e estabilizar os mercados de crédito e liberar os mercados de crédito", disse Gregg aos jornalistas, após divulgar o projeto acordado.
O governo americano pretende resgatar, com urgência, os bancos com problemas em função da crise de empréstimos imobiliários de alto risco (subprime), antes da abertura, nesta segunda, das Bolsas de todo o mundo, atentas à saúde do sistema financeiro dos EUA.
"Enfrentamos uma potencial crise financeira no mercado de crédito (...), e nossa meta é retirar do balanço dos bancos aqueles ativos, ou dívidas, que não possam ser valorizados", acrescentou Gregg, membro republicano da Comissão de Orçamento.
O senador explicou que o Estado comprará os ativos podres de instituições bancárias "e começará a revender esses títulos quando o mercado estiver mais estável".
"Talvez se perca dinheiro, talvez se fique em equilíbrio, talvez ganhemos dinheiro", comentou, explicando que o processo prevê que os contribuintes possam recuperar uma parte de seus ativos, caso estes recuperem valor.
O senador destacou o papel "muito positivo" dos dois candidatos à Casa Branca, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, nas negociações.