Economia

Mercado reduz projeção do IPCA para 2008 pela 9ª vez

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postado em 29/09/2008 08:42
Pela nona semana consecutiva, o mercado reduziu a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 e manteve a estimativa do indicador abaixo do teto da meta de inflação para este ano, de 6,5%. Segundo a Pesquisa Focus, compilado das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira (29/09) pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,14%, ante previsão de 6,23% na semana passada. Para 2009, a previsão caiu, pela terceira semana seguida, de 4,97% para 4,90%. Porém, em ambos casos, as previsões para o IPCA permanecem acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). A margem de tolerância é de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, ou seja, entre 2,5% e 6,5%. Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que trazem o comportamento dos preços no atacado e o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões também caíram. O mercado reduziu a previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que deve encerrar 2008 em 9,74%, ante 9,77% na previsão anterior. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a expectativa caiu para 10,21%, ante projeção de 10,23% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu de 5,26% para 5,21%, enquanto a do IGP-M subiu de 5,35% para 5,39%. Juros A projeção do mercado para a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 2008 foi mantida em 14,75% ao ano, pela sétima vez seguida. Já para 2009, a previsão caiu, pela primeira vez, passando de 13,79% ao ano para 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda tem dois encontros agendados até o fim deste ano para definir sobre a atualização da Selic. As duas próximas reuniões do comitê acontecem em outubro e em dezembro. Câmbio O mercado manteve as previsões para as taxas de câmbio no fim de 2008 e de 2009 em R$ 1,70 e R$ 1,77, respectivamente. PIB A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2008 subiu, pela terceira vez seguida, para 5,18%, de 5,17%. Já a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo País) em 2009 caiu de 3,6% para 3,55%. Contas externas Em relação à balança comercial brasileira, o mercado reduziu a projeção de superávit este ano para US$ 23,70 bilhões, de US$ 23,73 bilhões. Já a estimativa do déficit em conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) em 2008 passou para US$ 28,05 bilhões, de US$ 27,85 bilhões na previsão anterior. Para 2009, o mercado reduziu a previsão de superávit da balança comercial para US$ 12,45 bilhões, de US$ 13 bilhões na semana passada, e também alterou a expectativa de déficit em conta corrente para US$ 36 bilhões, de US$ 34,4 bilhões. Investimentos A previsão para o Investimento Estrangeiro Direito (IED) em 2008 permaneceu em US$ 35 bilhões. Para 2009, a previsão do IED caiu para US$ 30 bilhões, de US$ 30,37 bilhões na semana passada.

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