postado em 30/09/2008 16:09
O feriado do Ano Novo judaico, que interrompeu as atividades do Congresso americano, permitiu que os participantes do mercado "esfriassem a cabeça" e corrigissem, parcialmente, os "exageros" registrados durante o pânico de ontem. Nas últimas operações desta terça-feira, o dólar comercial foi negociado a R$ 1,904 na venda, o que representa um decréscimo de 3,15% sobre o preço de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,060, com avanço de 0,48%.
Após a rejeição do pacote de US$ 700 bilhões pela Câmara dos EUA, os congressistas americanos e a Casa Branca voltaram a entrar negociações e reapresentar um projeto de lei que contemple a proposta do Executivo para enfrentar a crise financeira.
Analistas ainda esperam que um projeto de lei, prevendo recursos para resgatar o sistema financeiro, seja aprovado ainda nesta semana no Congresso americano, provavelmente até quinta-feira.
Hoje, o presidente dos EUA, George W. Bush, voltou a falar em cadeia nacional e afirmou que deve se reunir com líderes congressistas. Ele disse que a situação "pode piorar a cada dia" e pediu urgência para o Congresso americano acerca de um novo acordo.
Turbulências
A valorização da moeda americana frente ao real nos últimos três meses - de 22,9% - é a terceira maior variação do dólar em todo a existência do Plano Real (junho de 1994), mostra levantamento da consultoria Economática. A pesquisa leva em conta as oscilações da Ptax, a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central. No primeiro trimestre de 1999, a taxa de câmbio subiu 42,5%, quando ocorreu a mudança do regime cambial do país. A segunda maior disparada do câmbio - 36,9% - ocorreu no terceiro trimestre de 2002, período de transição política (pré-eleitoral) e de crise no cenário externo.