postado em 30/09/2008 18:12
À semelhança da situação ocorrida durante a greve dos Correios ; quando muitos consumidores receberam boletos de pagamento com atraso ; a greve dos bancários não isenta do pagamento dos débitos em dia, alertou nesta terça-feira (30/09) o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF).
Os cerca de 20 mil bancários do DF decidiram suspender as atividades por tempo indeterminado em assembléia ontem à noite. Hoje, em nova reunião a partir das 18h, podem confirmar a decisão e permanecer de braços cruzados. Segundo a Confederação Nacional de Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf), houve agências bancárias públicas e privadas fecharam as portas em 22 capitais. Destas, apenas Rio de Janeiro e Brasília, aprovaram paralisação por tempo indeterminado. Na maioria dos demais locais houve paralisação de 24h, e dois municípios de Santa Catarina rejeitaram a proposta de greve. O Comando Nacional da categoria deve decidir nesta quarta-feira (1°/10) se segue os estados onde a greve já foi deflagrada e determina paralisação das atividades a partir do próximo dia 8.
O Sindicato dos Bancários do DF ainda não divulgou percentual de adesão à paralisação nesta terça, mas várias agências não abriram as portas. Caso a greve prossiga no Distrito Federal, os consumidores devem ficar atentos à data de vencimento das contas e buscar, com antecipação, outras alternativas de pagamento junto às empresas com as quais têm débitos, orienta a presidente do Procon-DF, Ildecer Amorim.
;Como a greve dos bancos é algo que não pode ser imputado nem às empresas, nem aos consumidores, ambas as partes devem procurar resolver juntas o problema. A alternativa de pagamento pode ser via internet, via fax. Caso o credor não ofereça opção, aí sim o consumidor pode procurar o Procon;, diz Ildecer. Segundo ela, a pessoa pode apresentar, por exemplo, a conta de telefone detalhada como prova de que procurou a empresa para quitar o débito.
Reivindicações
Os bancários do país rejeitaram reajuste de 7,5% oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e reivindicam aumento real de 5%, sobrepondo a inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 7,15%. A categoria também quer melhores pisos salariais e ampliação da Participação em Lucros e Resultados (PLR).