postado em 01/10/2008 12:15
O presidente americano, George W. Bush, vai conversar nesta quarta-feira (1/10) com os senadores que devem votar o plano de resgate bancário, informou a Casa Branca, em uma tentativa de que o Congresso americano aprove o projeto nesta semana.
"Estamos ansiosos para que o debate aconteça e esperamos ver um forte apoio. O presidente falará com os senadores hoje", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto, que elogiou o trabalho dos líderes democratas e republicanos para aprovar o projeto.
"Nesta manhã estamos vendo mais evidências da restrição de crédito para as pequenas empresas e municípios de todo o país. Por isso é importante que aprovemos a legislação esta semana e limitemos os danos sobre nossa economia", informou o porta-voz em um comunicado.
Os senadores devem votar hoje o pacote de US$ 700 bilhões de ajuda ao setor financeiro, com reformas no texto que a Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) rejeitou o projeto original, provocando o colapso dos mercados de todo o mundo.
Fratto elogiou o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, e o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, pelo trabalho "para modificar o projeto e apresentá-lo para ser votado nesta noite".
"Ficou determinado, em nossa opinião, que a melhor coisa a fazer é seguir adiante", disse Reid, segundo o diário americano "The New York Times" ("NYT"). Depois de um dia de negociações de bastidores, o texto a ser levado ao Senado deve incluir descontos de impostos para empresas e ampliação das garantias do governo a depósitos bancários, dos atuais US$ 100 mil para US$ 250 mil, diz a reportagem.
Já o líder da maioria na Câmara, o democrata Steny H. Hoyer, disse que está conversando com outros deputados sobre a iniciativa do Senado e sobre "qual o melhor modo de proceder". "Não há dúvida para mim que o Senado acrescentou isso por acreditar que é a única forma de conseguir que a medida seja aprovada", disse, mas acrescentou que não viu com bons olhos o acréscimo.
O líder dos republicanos na Casa, John Boehner, foi consultado e aprovou os acréscimos, segundo um porta-voz ouvido pelo "NYT". O deputado republicano Roy Blunt também disse ao "Today" que a perspectiva de aprovação melhorou com as mudanças efetuadas no Senado.
Em pronunciamento na TV feito ontem, Bush afirmou que a situação dos EUA "é de urgência e as conseqüências serão piores a cada dia se não agirmos". "Reconheço que essa é uma votação difícil para o Congresso. Ninguém gosta de ver a economia chegar a esse ponto", disse.
"Precisamos de um projeto que realmente enfrente os problemas que estão prejudicando o sistema financeiro, que ajude a retomar o fluxo de crédito no país, para quem empresta, para quem toma o empréstimo, a fim de fazer a economia andar de novo", afirmou o presidente.