postado em 01/10/2008 18:38
A balança comercial brasileira não sentiu até agora quaisquer efeitos da crise financeira internacional em relação ao crédito ou à redução de demanda no mercado externo, de acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.
De acordo com Barral, a maior expectativa reside na possibilidade de restrições no crédito, embora grande parte dos exportadores brasileiros usem recursos de fundos nacionais. Apenas uma pequena parte do financiamento das exportações é feita com recursos externos, conforme o secretário.
A balança comercial só deverá sentir algum efeito da crise em 60 ou 90 dias, caso o Congresso americano não aprove o pacote financeiro para salvar os bancos quebrados, destaca Barral. Boa parte dos contratos de importação e de exportação do Brasil para os próximos meses já foram firmados. Essa, segundo ele, seria a razão do país ainda não sofrer os efeitos da crise detonada pelos Estados Unidos.
Barral lembrou que, atendendo recomendação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita nesta terça-feira (1°/10), os Ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda e o Banco Central vão monitorar a crise internacional para a eventualidade de terem que tomar medidas emergenciais em relação aos exportadores, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderia participar com oferta de crédito.
Ao mesmo tempo, destacou Barral, o governo está desenvolvendo medidas facilitadoras para as pequenas e micro empresas, na área da logística e da desburocratização, levando em conta que esse segmento tem participação importante na balança comercial.