Economia

Odebrecht aceita condições impostas por governo do Equador

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postado em 01/10/2008 18:41
A Construtora Norberto Odebrecht aceitou as condições impostas pelo governo equatoriano e arcará com os custos dos reparos em andamento na Hidrelétrica São Francisco, no Equador. Também oferecerá uma garantia de US$ 43,8 milhões para o pagamento de multas pela paralisação da usina, caso venha a ser responsabilizada pelos danos. O acordo, anunciado nesta terça-feira (30/09), em Manaus, pelo chanceler brasileiro Celso Amorim, foi confirmado esta tarde pela Odebrecht, líder do consórcio que construiu a São Francisco - do qual também fazem parte as empresas Alstom e Va Tech. O documento, já assinado pela construtora brasileira e entregue às autoridades do Equador, ainda prevê a extensão, por mais um ano, da garantia contra defeitos das obras civis e garantia de cinco anos para os reparos que estão sendo feitos. Também estabelece a transferência da garantia adicional dos equipamentos à Hidropastaza, contratante da obra. Segunda maior hidrelétrica do país, a São Francisco foi inaugurada em junho de 2007. A central está paralisada desde 6 de junho devido a problemas detectados, segundo a Odebrecht, durante parada de manutenção e inspeção pré-programada. Os reparos vinham sendo feitos pelo consórcio, com prazo de entrega previsto para o dia 4 deste mês. Simultaneamente, a Odebrecht negociava esse acordo com o governo do Equador. Diante da negativa da Alstom e da Va Tech em assinar o documento, a construtora brasileira se propôs a firmar sozinha, assumindo responsabilidade proporcional a sua participação no consórcio. A proposta não foi aceita pelo Equador. Agora, segundo fontes do mercado, Alstom e Va Tech estariam dispostas a firmar o acordo. Na semana passada, sob o argumento de que a hidrelétrica apresentou falhas um ano após entrar em funcionamento e de que a paralisação estaria colocando em risco o abastecimento de energia no país, o presidente do Equador, Rafael Correa, determinou o embargo dos bens da Odebrecht no país e a ocupação das obras da construtora pelo Exército. Correa também proibiu que os diretores da companhia deixassem o país.

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