postado em 02/10/2008 10:59
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem um novo dia de turbulências nesta quinta-feira (2/10). Mesmo com a aprovação do pacote dos EUA, os investidores estão cada vez mais temerosos com a economia americana: hoje, um novo indicador apontou para a deterioração do mercado de trabalho. As Bolsas européias e americanas operam com perdas, arrastando a Bolsa brasileira, enquanto o câmbio sobe com força e atinge R$ 1,98.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, despenca 3,66% e desce para os 47.962 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,05 bilhão.
O dólar comercial é negociado a R$ 1,980 na venda, o que significa um avanço de 2,85% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 338 pontos, número 3,04% mais alto que a pontuação anterior.
As Bolsas européias e americanas operam em terreno negativo. Em Londres, a Bolsa local cede 0,33%; em Frankfurt, as ações caem 1,33%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, de repercussão global, desvaloriza 1,80%.
Analistas de mercado financeiro já viam com bastante reservas o plano de US$ 700 bilhões para resgatar o sistema financeiro. A proposta era considerada somente como um "reparo" para segurar uma crise econômica de dimensões muito maiores. Por esse motivo, o mercado não reage com "euforia" à aprovação do pacote entre os senadores, justamente os legisladores mais favoráveis à proposta. Concorre para desanimar os investidores o fato de que o plano ainda precisa passar pelo crivo da Câmara antes de seguir para sanção presidencial: é entre esses legisladores que se encontram os maiores críticas do pacote anticrise.
Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou que a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego atingiu seu maior patamar desde 2001. Foram 497 mil pedidos registrados na semana encerrada no dia 27 de setembro, um acréscimo de mil solicitações sobre o período imediatamente anterior.