postado em 02/10/2008 14:01
As Bolsas européias fecharam em baixa nesta quinta-feira (2/10), depois de operarem com índices positivos durante o dia. Apesar da aprovação no Senado dos EUA do pacote de ajuda financeira, de US$ 700 bilhões, e da notícia sobre lucros do banco suíço UBS no terceiro trimestre, o dado sobre o mercado de trabalho divulgado hoje nos EUA afetou - ainda mais - a confiança dos investidores na economia americana.
A Bolsa de Londres caiu 1,80%, para 4.870,34 pontos; a Bolsa de Paris teve baixa de 2,25%, ficando com 3.963,28 pontos; a Bolsa de Frankfurt caiu 2,51%, para 5.660,63 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 1,02%, fechando com 330,83 pontos; e a Bolsa de Milão caiu 1,44%, indo para 19.240 pontos. A exceção do dia foi a Bolsa de Zurique, que teve ligeira variação positiva de 0,05%, ficando com 6.730,94 pontos.
O Senado dos EUA aprovou ontem um pacote de US$ 700 bilhões de ajuda ao setor financeiro, depois de dias de intensas críticas e negociações entre congressistas e governo. O pacote foi rejeitado na segunda-feira (29) na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), mas foi aprovado pelos senadores depois de reformas e acréscimos. Entre os itens incluídos no texto estão descontos em impostos no valor de US$ 150 bilhões, que devem beneficiar a classe média, pequenos empresários e famílias atingidas por acidentes naturais (o que eleva o valor total do pacote para US$ 850 bilhões).
A economia americana, no entanto, apresentou novos sinais de fraqueza no mercado de trabalho: o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentou em mil na semana encerrada no dia 27 de setembro, atingindo a marca de 497 mil solicitações iniciais do benefício. Foi a maior taxa desde a semana encerrada em 29 de setembro de 2001.
O número de pessoas recebendo auxílio-desemprego há pelo menos duas semanas ficou em 3,591 milhões, um aumento de 48 mil na semana encerrada no dia 20 de setembro (data da leitura mais disponível). Foi o maior número desde setembro de 2003. Além disso, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, disse hoje que que o crescimento econômico da zona do euro está enfraquecendo. Segundo ele, a reativação econômica da zona do euro está sentindo os efeitos de uma queda da demanda e um endurecimento das condições de financiamento.
O banco decidiu hoje manter a taxa de juros inalterada em 4,25% para os países que compartilham o euro.