postado em 02/10/2008 14:16
Agricultores argentinos iniciam a partir da meia-noite desta quinta-feira (2/10) uma greve de seis dias sem comercializar grãos ou gado para protestar contra a política da presidente Cristina Kirchner, em um novo capítulo da disputa que já paralisou o país durante 128 dias este ano.
O protesto começará com um ato reunindo os líderes agropecuários em Pampa Húmeda, a rica região central do país, de onde partirá para a capital argentina para realizar um "abraço" no parlamento.
Apesar de o comitê de greve negar que fará bloqueio de estradas no início da medida de força, centenas de produtores se organizam nesta quinta-feira, em distintos pontos do país, para controlar a carga de caminhões e frear sua passagem.
A Argentina, cujas vendas externas de alimentos rondam os 35 bilhões de dólares anuais, é o primeiro exportador mundial de farinhas e azeites de soja, quarto de trigo, segundo de milho, e terceito de grãos de seoja, segundo a secretaria de Agricultura americana.
O governo acusou os líderes agrários de fazer um uso político da greve, mas os produtores asseguram que o diálogo conduzido desde meados de julho estancou pela ausência de propostas concretas em termos de subsídios e reduções tributárias para o setor.