Economia

Fiat e Gerdau manterão investimento no Brasil apesar da crise financeira

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postado em 02/10/2008 18:53
O presidente da Fiat América Latina, Cledorvino Belini, e o empresário Jorge Gerdau Johannpeter disseram nesta quinta-feira (2/10) que manterão os investimentos anunciados no país apesar do agravamento da crise no mercado financeiro internacional. Os dois empresários projetam um crescimento acima de 4% para a economia brasileira no próximo ano, abaixo da previsão de 5% do governo e acima da expectativa média de mercado, próxima de 3,5%. "A Fiat mantém os investimentos que foram anunciados no Brasil", disse o presidente da montadora. A empresa prevê investir R$ 6 bilhões entre 2008 e 2010. A Gerdau, R$ 4 bilhões em três anos. "Já se fala em crise a mais de um ano e a realidade que nós sentimos é que o mercado continua ativo, vigoroso. Temos um mercado interno forte e as nossas exportações são para países, de modo geral, que não foram afetados. Por enquanto, no nosso setor, não estamos vendo absolutamente nada", disse o presidente da Fiat. Belini afirmou que a questão da escassez de crédito para investimentos, devido aos problemas nos principais bancos mundiais, ainda não chegou nesse setor. Disse também que as vendas da montadora vêm crescendo a taxas anuais de 30% nos últimos dois anos (na comparação entre dados de setembro de 2006 a 2008). Devido a essa alta base de comparação, a projeção é de uma elevação de 15% para 2009. "Se o nosso setor crescer 10%, 15%, é um excelente crescimento. Esse ano já está garantido que vai ser em torno de 24%." *Gerdau* O empresário Jorge Gerdau Johannpeter afirmou que o país já passou por crises bem piores quando as condições econômicas não eram tão boas como as de hoje. Ele citou as reservas internacionais como um instrumento que irá reforçar a posição do Brasil no cenário de crise. "Já fizemos isso com uma situação financeira difícil, não tendo reserva nenhuma. Quem tem US$ 200 bilhões, tem folga", afirmou. Gerdau afirmou também que a crise não chegou ao seu setor, apesar da grande presença da empresa nos EUA, onde a empresa só fez "ajustes" na área de aços especiais. "O nosso mercado nos EUA é infra-estrutura, não está vinculado à crise do setor habitacional. Então, para nós, o setor de aço como um todo continua com demandas extremamente elevadas e boas", afirmou. "Dentro do cenário global, nós estamos vivendo ainda, na economia real, uma situação tranqüila." Os empresários participaram do lançamento da 2¦ Bienal Brasileira de Design, que acontecerá entre 8 de outubro e 5 de novembro em Brasília, e tem como principal objetivo o fortalecimento da Marca Brasil no exterior. O evento tem o apoio das duas empresas.

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