postado em 03/10/2008 09:20
O Salão de Paris, que será aberto amanhã, verá, pela primeira vez desde 2001, recuo das vendas globais de veículos. A previsão mais otimista estima que, em 2008, a queda seja 1%, contra aumento de 7% no ano anterior. Alguns analistas falam numa retração de 6%. Para Martin Winterkorn, CEO do grupo Volkswagen, "2009 também será um ano difícil". Ele vê petróleo e aço mais caros, o que prejudicará ainda mais as vendas, em especial nos Estados Unidos e na Europa.
Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault e da Nissan, falou ontem aos jornalistas em tom de resposta aos analistas que têm recomendado a compra de ações da PSA Peugeot Citroën, e não da Renault. Muitos duvidam de que o novo Mégane baterá o Volkswagen Golf (os dois tiveram novas gerações reveladas no Salão de Paris). Na segunda-feira, as ações da Renault caíram 6,97% após nota do Credit Suisse dizendo que o Golf consome mais combustível que o Mégane.
Ghosn -que, na terça-feira, prometeu ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, não fechar fábrica no país- citou números para provar que a empresa será "a mais lucrativa e competitiva" entre as grandes montadoras européias. Segundo ele, a margem operacional da Renault cresceu 20% em um ano, e as vendas, na Europa, caíram 1,4% contra retração total de 3,9%. Com previsão de que, em 2015, 70% da população européia more em cidades, a maioria dos lançamentos foi de compactos com motores que pouco poluem e mais baratos. José Augusto Amorim viajou a convite da Anfavea