Economia

Equipe econômica se mobiliza para proteger a economia

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postado em 03/10/2008 14:14
Desde que a crise internacional se agravou, em meados de setembro, a equipe econômica adotou algumas medidas para proteger a economia local dos efeitos das turbulências globais no mercado financeiro, como a redução do depósito compulsório dos bancos e a liberação de recursos para o setor agrícola. Uma dessas medidas foi o adiamento do cronograma de recolhimento compulsório das empresas de leasing (aluguel de um bem que pode ser adquirido depois pelo locatório). O compulsório esses começou a valer no dia 9 de maio, com recolhimento ao BC de 5% dos recursos obtidos pelos bancos, com previsão de passar a 20% em 14 de novembro. O prazo foi prorrogado para 16 de janeiro de 2009. A adoção da alíquota de 25% foi adiada de 16 de janeiro de 2009 para 13 de março de 2009. Com a proposta, ficam disponíveis no mercado outros R$ 8 bilhões. O BC também ampliou de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões de dedução à exigibilidade adicional para as instituições financeiras sobre depósitos a prazo, de poupança e recursos à vista permitindo mais R$ 5,2 bilhões na economia. Diante da falta de liquidez em dólares que cria dificuldade para os exportadores, o Banco Central também fez dois leilões de venda da moeda norte-americana totalizando US$ 500 milhões. As instituições que compraram a moeda norte-americana receberam os recursos para compromissos imediatos, mas têm o compromisso de revender os recursos ao BC. O banco que não atuava dessa forma desde 2003, garante que fará outras operações sempre que necessário. Para tentar reduzir o impacto da crise na agricultura, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na quarta-feira (1º) a antecipação por parte do Banco do Brasil da liberação de R$ 5 bilhões em crédito para o setor, que teme problemas com a safra por falta de crédito no mercado para o plantio e insumos. A nova medida para ampliar os recursos disponíveis no mercado anunciada ontem (2) vão injetar mais R$ 23,5 bilhões pois reduzem o depósito compulsório desta vez sobre os títulos públicos. Por essa regra, os bancos terão a opção de abater de parte do dinheiro destinado ao BC o valor de compra de operações de crédito de outras instituições financeiras, desde que a vendedora tenha patrimônio de R$ 2,5 bilhões. Ou seja, a medida atende a pequenos e médios bancos que podem vender as carteiras de crédito e contar com mais recursos, além de reduzir o valor que as grandes instituições têm que recolher ao BC. O Banco Central também fez leilões de venda de dólares, nos dias 19 e 26 de setembro deste ano, no valor total de US$ 1 bilhão, com compromisso de compra. Uma medida considerada de caracter preventivo foi o lançado de um edital de audiência pública para analisar proposta do BC de criação de áreas de análise de risco para a concessão de crédito em todas as instituições financeiras.

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