Economia

Lula afirma que prejuízos de empresas nacionais ocorreram por especulação

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postado em 04/10/2008 15:28
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou neste sábado (4) os prejuízos anunciados por algumas empresas com operações de derivativos, normalmente utilizadas como proteção contra oscilações bruscas do dólar. Nesta semana, Sadia e Aracruz relataram perdas e suas ações registraram forte queda. "Essas empresas, no fundo, no fundo, estavam especulando contra a moeda brasileira. Portanto, elas não tiveram prejuízo, elas praticaram por conta própria e por ganância esse prejuízo. Isso é problema delas", disse o presidente, que participou neste sábado de ato de apoio ao candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo, o ex-ministro Luiz Marinho. Ainda sobre os efeitos da crise norte-americana na economia brasileira, Lula admitiu que o País enfrenta "um pequeno problema de crédito" e garantiu que o governo tomará as medidas necessárias para que não falte financiamento para a exportação. "Nós vamos suprir essa deficiência no crédito pela falta de dólares no mercado internacional para financiar as nossas exportações", afirmou. No entanto, o presidente ressaltou mais uma vez que não haverá um pacote para enfrentar os problemas que podem resultar da crise financeira internacional. Lula reforçou que serão tomadas medidas pontuais. E garantiu ainda que o País vai continuar crescendo. Não haverá falta de recursos para projetos estruturais, afirmou, destacando a indústria naval e os setores de gás, álcool, refinarias e siderurgia. "Pode ter certeza de que não faltará dinheiro para incentivar os exportadores e as empresas que estão investindo", disse. Apesar de admitir problemas de crédito, o presidente minimizou os efeitos da crise financeira norte-americana no Brasil, afirmando que "lá, ela é um tsunami; aqui, é uma marolinha". Lula considerou um bom indício a aprovação do pacote de incentivo à economia norte-americana, ontem, pela Câmara dos EUA ressaltando o fato de os parlamentares terem atendido aos apelos do presidente Bush e dos dois candidatos à Presidência. "Mas não se sabe se esse pacote será suficiente, porque não se sabe o tamanho do rombo", ressalvou. O presidente afirmou ainda que crises menos graves do que a atual já prejudicaram o Brasil de maneira drástica. "A crise americana é maior do que a asiática, é maior do que a crise do México, que quebraram o Brasil. E ela ainda não chegou diretamente ao País", disse. "Nós vamos ensinar a esses países como a gente vê uma crise dessas. Vamos enfrentar essa crise trabalhando mais e investindo mais.

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