Economia

Quadrilhas especializadas em fraudes bancárias roubam R$ 300 mi dos brasileiros a cada ano

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postado em 06/10/2008 07:51
É difícil encontrar um cidadão brasileiro com renda que não use cartão de débito e crédito. É mais raro ainda conhecer alguém que nunca tenha feito uma movimentação bancária pela internet ou mesmo uma simples compra usando o computador. Se você utiliza esses benefícios comuns da era high-tech, é bom ficar ligado. Nesse universo atuam quadrilhas especializadas em fraudes bancárias que, a cada ano, roubam silenciosamente dos brasileiros mais de R$ 300 milhões, segundo estimativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Mas isso não quer dizer que os ladrões deixaram o mundo real de lado. Pelo contrário. Estelionatários continuam aprimorando técnicas para falsificar cheques e agem a todo vapor na praça. Em um ano (2006), o Banco Central resgatou 270 mil cédulas falsas da praça. Junta, essa dinheirama sem valor somava mais de R$ 22 milhões, o dobro comparado com o ano de 2002. Um dos maiores especialistas em prevenção de fraudes bancárias, Arnaldo Ferreira dos Santos, faz um prognóstico nada animador para a atuação das quadrilhas. ;Quanto mais avança a tecnologia, mais os estelionatários se aprimoram. Com a internet, eles roubam sem sair de casa ou mesmo de qualquer lugar do mundo usando um computador portátil;, ressalta. Ferreira presta consultoria a vários bancos privados, ensinando como se previnem golpes. No material que usa, tem de tudo. Cédulas falsas, cheques clonados, falsificados e cartões em nome de gente que nem existe. Ferreira já usou cheques falsos para comprar um carro zero e já abriu diversas contas bancárias com CPF de pessoas que já morreram. Ele coleciona identidades falsas e possui um kit-golpe que deixa qualquer um de queixo caído. ;O mais novo golpe é o do perfume. Desse, poucos escapam;, assegura. O golpe do perfume é comum no centro do Rio de Janeiro e São Paulo. No passa-passa de gente apressada, uma pessoa bem vestida disfarçada de representante de perfumes aborda alguém e pergunta que fragrância a pessoa está usando. Ingênua, ela diz o nome do perfume e o falso representante diz que tem uma amostra por um preço irrisório. Ninguém resiste e acaba indo a um lugar bem perto e, ao pegar o frasco do perfume e cheirar, a pessoa desmaia. Nessa hora, o ingênuo tem roubados o celular, a carteira e tudo mais de valor que estiver carregando. ;O brasileiro cai em golpes como esse porque é ganancioso. Adora ofertas, promoções e sempre quer levar vantagem. É nessa característica que os golpistas se dão bem;, avalia Ferreira. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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