postado em 06/10/2008 13:06
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reiniciou os negócios desta segunda-feira (6/10) em retrocesso de 11%. O mercado já foi suspenso duas vezes somente nesta manhã. Investidores entraram em pânico com a piora da situação dos bancos europeus, também contaminados pela crise dos créditos "subprime".
Pouco depois da abertura, a Bolsa despencou rapidamente e o mecanismo do "circuit breaker" foi acionado - às 10h19 - para evitar oscilações ainda bruscas. Após meia hora de interrupção - para "esfriar a cabeça" - o mercado não melhorou. Em um pregão inundado por ordens de venda, o índice Ibovespa caiu rapidamente 15%, quando o "circuit breaker" foi acionado novamente - às 11h44 - interrompendo os negócios desta vez por uma hora.
A Bovespa avisou aos participantes do mercado financeiro que estabeleceu, excepcionalmente para hoje, um novo limite para o acionamento do "circuit breaker": queda de 20%. Caso uma queda desse nível seja registrada, a Bolsa interromperia suas atividades até as 16h30.
O índice Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, desvaloriza 10,96% e desce para os 39.638 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,75 bilhão. A corrente mais pessimista de analistas do mercado financeiro defende que o "fundo do poço" da Bolsa ainda está mais "embaixo", nos 35 mil pontos.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,168 na venda, em forte alta de 5,96%. A taxa de risco-país marca 389 pontos, com avanço de 9,26%.
Após se manter relativamente discreto no mercado de câmbio, o Banco Central anunciou às 12h36 que deve realizar um leilão de swap cambial nesta tarde.
As Bolsas européias e americanas registram fortes perdas, a exemplo de Londres (baixa de 6,78%), Frankfurt (queda de 7,07%) e Nova York (retração de 4,53%).