postado em 06/10/2008 20:05
As companhias de petróleo Repsol-YPF da Espanha e Perenco da França aceitaram mudar seus contratos no Equador, que espera uma resposta da Petrobras para completar a renegociação que iniciou um ano atrás para melhorar suas receitas, disse nesta segunda-feira (6/10) o ministro do setor, Galo Chiriboga.
As duas companhias se somaram à chinesa Andes Petroleum, principal investidor estrangeiro, e modificarão seus atuais contratos de participação, ressaltou o ministro em uma entrevista coletiva à imprensa.
Enquanto isso, o governo espera um acordo com a Petrobras, caso contrário, iniciará o processo para pôr fim ao seu contrato, segundo Chiriboga.
No sábado, o presidente Rafael Correa ameaçou nacionalizar os poços nos quais a empresa brasileira extrai cerca de 32 mil barris por dia caso se recuse a aceitar a proposta do governo equatoriano.
A Perenco aceitou a modificação, o que faz que o contrato de participação - que deixa 18% da produção para o Equador - passe para o de prestação de serviços - que permitirá à nação capitalizar a produção de cru em troca do pagamento de custos de operação e de uma margem dos lucros.
O ministro acrescentou que a Perenco, reponsável por 30 mil barris diários, se comprometeu a assinar o novo contrato em um ano, enquanto que a Repsol-YPF (com 60 mil barris por dias) indicou que está pronta para fechar a negociação.
Chiriboga disse que resta apenas fechar a negociação com a Petrobras, fazendo um apelo para que a brasileira aceite as condições estabelecidas pelo governo do Equador.
O ministro considerou que a Petrobras "prolongou de forma incompreensível a negociação" depois de ter aceitado a proposta equatoriana em agosto.