postado em 07/10/2008 14:30
O mau humor dos investidores parece incólume a quaisquer tentativas dos governos americanos e europeus para deter a crise global. As Bolsas americanas pouco mudaram, mesmo com a sinalização de cortes nos juros básicos dos EUA. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que acompanha de perto Wall Street, acentua a baixa registrada nesta terça-feira (7/10), enquanto o câmbio marca R$ 2,274.
O presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Ben Bernanke, afirmou, em discurso para empresários, que a piora da crise financeira pede uma modificação da política monetária. Analistas interpretaram o discurso como uma sinalização de que a taxa básica de 2% ao ano deve sofrer cortes ainda neste ano.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa cede 5,33% e recua para 39.856 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,21 bilhões. O dólar comercial é cotado a R$ 2,274 na venda, em forte alta de 3,45%.
A ação ordinária da Cyrella lidera o grupo das maiores perdas do Ibovespa (composto pelas 66 ações mais negociadas). O papel desvaloriza 13,10%. Outras duas ações sofrem perdas na casa dos dois dígitos: a ação da Duratex (baixa de 10,92%) e B2W (queda de 11%); Entre as ações líderes da Bolsa, a ação preferencial da Petrobras cede 5,33% enquanto a ação da Vale retrocede 3,53%.
No epicentro da crise, a Bolsa de Nova York cai 2,85%.
As Bolsas européias ainda conseguiram encerrar os negócios de hoje com altas modestas, a exemplo de Londres (0,34%) e Paris (0,54%), mas com exceção de Frankfurt (declínio de 1,12%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 1,86%.