postado em 07/10/2008 16:18
O governo não deve alterar significativamente as suas previsões para a economia em 2009 na revisão que será enviada à Comissão Mista de Orçamento do Congresso no final do mês, mesmo com a piora na crise internacional de crédito.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (7/10) que seria prematuro mudar qualquer previsão nesse momento de incerteza no cenário econômico. Segundo ele, as revisões das projeções para a economia que balizam o Orçamento serão enviadas ao Congresso no final de outubro e final de novembro.
"Nós temos uma previsão na própria LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) de fazer ainda nesse mês de outubro o envio dos parâmetros macroeconômicos e mandar mais uma revisão no final de novembro", disse o ministro.
"Se fosse mandar hoje, mandaria um quadro praticamente igual, teria muito pouca mudança. É muito prematuro tomar qualquer rumo agora, até porque nós teríamos pouca condição de acertar projeções nesse curto espaço de tempo", afirmou.
O Orçamento de 2009 prevê um crescimento da economia de 4,5%; câmbio a R$ 1,71 no final do ano; juros de 13,50% ao ano em dezembro; e uma inflação de 4,5%, no centro da meta. A estimativa para as receitas é de R$ 1,585 trilhão, sendo R$ 523 bilhões de impostos e contribuições administrados pela Receita Federal.