postado em 07/10/2008 17:17
Vários países da União Européia decidiram ir além da exigência mínima de 20 mil euros como limite de garantia nacional para os depósitos bancários, optando por assegurar valores até 100 mil euros.
O compromisso foi alcançado na reunião de ministros das Finanças dos 27 membros da UE, dentro de seu objetivo de atuar de forma coordenada para tranqüilizar os correntistas e os grandes grupos financeiros frente à crise financeira.
"Os Estados estão de acordo em aumentar a proteção dos depósitos de particulares para um valor de pelo menos 50 mil euros, sabendo que vários Estados-membros estão determinados a elevar essa cobertura a 100 mil euros", segundo o texto divulgado.
"A Europa está unida frente à crise financeira e determinada a atuar de forma coordenada", declarou a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, cujo país exerce a presidência da UE, em coletiva de imprensa ao final da reunião.
Em seguida a esse acordo, concluído durante a reunião de ministros das Finanças do bloco europeu, Holanda, Espanha, Áustria, Grécia e Bélgica anunciaram, imediatamente, o aumento da garantia bancária para 100 mil euros.
A Holanda foi o primeiro país a anunciar sua intenção de aumentar a garantia sobre os depósitos bancários dos correntistas particulares de 38 mil para 100 mil euros, em caso de falência do banco.
O ministro da Economia da Bélgica, Didider Reynders, também anunciou, em Luxemburgo, que o governo belga decidiu elevar para 100 mil euros o limite de garantia nacional dos depósitos bancários.
Mesma decisão foi tomada pela Grécia, segundo a nota divulgada pelo ministro grego da Economia, Georges Alogoskoufis, após o Conselho Europeu de ministros da Economia da Zona Euro.
Na mesma direção, o chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, também ampliou a garantia até 100 mil euros para os correntistas espanhóis. Em paralelo, Madri decidiu criar um fundo para apoiar o sistema financeiro (de empresas e cidadãos) espanhol com um aporte de 30 bilhões de euros ampliável até o máximo de 50 bilhões de euros.