Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa fecha em queda e já acumula perdas de 37,2%

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já acumula perdas de quase 40% (37,2%) com os sucessivos tombos dos últimos meses. Nesta terça-feira (7/10), nem a ação conjunta dos seis principais bancos centrais do planeta conseguiu segurar a retração das Bolsas americanas, o que fez a Bolsa de São Paulo desabar. O câmbio disparou e bateu a cotação de R$ 2,31, maior patamar desde maio de 2006. O termômetro da bolsa, o índice Ibovespa, despencou 4,66% e alcançou os 40.139 pontos, o seu nível baixo desde 1 de novembro de 2006. O giro financeiro foi de R$ 5,26 bilhões. No epicentro da crise, a Bolsa de Nova York teve forte queda de 5,11%. Em geral, a variação do índice Dow Jones costuma ser menos ampla que o Ibovespa. A "inversão" de hoje aponta para investidores sem disposição de correr riscos e voltar às compras. No câmbio, os dois leilões realizados pelo Banco Central não foram suficientes para conter a disparada das taxas. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,311, em forte alta de 5,14%. Analistas afirmam que a cotação está bastante inflada pela especulação predominante na praça financeira e que a cotação a esse nível não é sustentável. No curto prazo, no entanto, operadores já comentam que o preço da moeda americana pode atingir R$ 2,40. As Bolsas européias ainda conseguiram encerrar os negócios de hoje com altas modestas, a exemplo de Londres (0,34%) e Paris (0,54%), mas com exceção de Frankfurt (declínio de 1,12%).