postado em 07/10/2008 21:34
Nesta quarta-feira (8/10), dia em que a paralisação dos bancários no Distrito Federal completa nove dias, será deflagrada greve nacional do setor. No início da noite desta terça, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou em sua página na internet que, até às 20h30, 29 assembléias da categoria em todo o país haviam votado a favor da suspensão das atividades por tempo indeterminado, seguindo orientação dada pelo comando nacional de greve.
Os bancários do Distrito Federal e do Rio de Janeiro já haviam aprovado paralisação por tempo indeterminado no último dia 30 de setembro, e desde então estão de braços cruzados. Outros estados e municípios realizaram assembléias nos últimos dias e também aderiram ao movimento antes da noite desta terça, para quando os sindicatos regionais marcaram a maioria das reuniões deliberativas após o anúncio da posição do comando nacional, que ocorreu em 1° de outubro.
De acordo com a Contraf, a opção pela greve aconteceu porque os bancos não apresentaram nova proposta após os bancários rejeitarem a oferta de 7,5% de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no final do mês passado. A categoria reivindica aumento real de 5%, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses, que ficou em 7,15%. Portanto, o aumento nominal teria que ser de 13,5%, afirmam os trabalhadores. Além do reajuste, outras reivindicações são aumento dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), fim de metas abusivas de trabalho e do assédio moral.
Intensificação
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Brasília - que aprovou a greve no último dia 30 de setembro e tornou a confirmá-la hoje, em mais uma assembléia - com a adesão em todo o país a partir de amanhã as atividades de protesto serão intensificadas no DF. Os trabalhadores prometem protestos e piquetes e se reunirão no Setor Bancário Sul, ponto de encontro usual, a partir das 18h.
Segundo o sindicato local, a adesão à greve no Distrito Federal segue no patamar de 75%. Os bancos públicos federais - Caixa Econômica e Banco do Brasil - são os que têm maior índice de participação no movimento em Brasília e região. No Banco de Brasília (BRB) - vinculado ao governo do DF - e nos bancos particulares, o apoio ao movimento é ;parcial;, diz a entidade.
Aprovaram greve por tempo indeterminado
São Paulo - SP
Rio de Janeiro - RJ
Brasília (iniciada em 30/9)
Curitiba - PR
Bahia - Salvador (iniciada em 30/9)
Pernambuco (iniciada em 3/10)
Ceará
Alagoas
Piauí
Acre
Rondônia
Pará e Amapá (iniciada em 7/10)
Maranhão (iniciada em 30/9)
Rio Grande do Norte (iniciada em 30/9)
Sul Fluminense - RJ
Campina Grande - PB
Campo Mourão - PR
Itabuna - BA
Santo Ângelo - RS
Teresópolis - RJ
Vitória da Conquista - BA
Bauru (iniciada em 30/9)
Santa Cruz - RS
Teófilo Otoni - MG
Mogi das Cruzes - SP
Chapecó - SC
Ipatinga - MG
Feira de Santana ; BA
Rejeitaram
Blumenau - SC
Videira - SC