postado em 08/10/2008 13:36
Em mais um dia turbulento nos mercados financeiros, as Bolsas de Valores desabam, sem que os investidores consigam se animar com as últimas medidas anunciadas pelos bancos centrais dos países desenvolvidos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que chegou a esboçar uma reação logo após a abertura, acompanha a derrocada vista em Wall Street. O câmbio tem assustado analistas e investidores, superando as piores perspectivas do mercado, e atinge R$ 2,43.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, desvaloriza 3,54% e desce para os 38.717 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,49 bilhões.
A crise ganhou nova dinâmica, principalmente após a quebra do banco Lehman Brothers, no dia 15 de setembro. O índice Ibovespa demorou quase dois meses para cair do patamar de 60 mil pontos 50 mil pontos, mas apenas um mês para atingir o nível dos 40 mil pontos.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,438 na venda, o que representa um forte acréscimo de 5,49% sobre a cotação de ontem. Num sinal claro do nervosismo e da falta de parâmetros desse mercado, o preço da moeda americana já oscilou entre o valor mínimo de R$ 2,177 e o máximo de R$ 2,480.
O Banco Central já realizou três leilões de venda de dólares. O primeiro foi realizado às 10h13; o segundo, às 10h43, e o terceiro, às 11h29. As taxas aceitas pelo BC têm acompanhado os preços de mercado: R$ 2,4485; R$ 2,3700 e R$ 2,3560 (taxas de corte). Na Europa, as principais Bolsas de Valores concluíram os negócios com fortes perdas, a exemplo de Londres (declínio de 5,17%), Paris (baixa de 6,30%) e Frankfurt (queda de 5,87%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 2%.