Economia

BC coloca mais US$ 1,3 bi no mercado com leilão de contrato cambial

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postado em 08/10/2008 15:33
Depois de vender dólares das reservas internacionais pela manhã para acalmar o mercado de câmbio, o Banco Central utilizou mais uma arma para conter a escalada do dólar nesta quarta-feira (8/10). O BC injetou mais US$ 1,303 bilhão por meio de um leilão de contratos de swap cambial, o equivalente a uma operação de venda de moeda no mercado futuro. Esses contratos oferecem proteção contra a alta do dólar e, dessa forma, diminuem a pressão de alta da moeda norte-americana. Nesta quarta-feira, a moeda voltou a disparar e chegou a ser vendida a R$ 2,48 no pior momento do dia, por volta das 11h. Logo após o leilão de swap, realizado entre as 14h30 e 14h45, o dólar era vendido a R$ 2,32. O leilão de swap já estava programado para acontecer desde ontem. Esse é o terceiro dia seguido em que o BC se utiliza desse recurso. Reservas internacionais Apesar desse leilão já estar programado, o BC precisou queimar alguns dólares das reservas internacionais na manhã de hoje para ajudar a acalmar o mercado. Foi a primeira vez, desde o dia 13 de março de 2003, que o BC realizou um leilão de venda de dólares nesse formato, que significa queima das reservas internacionais. Nos leilões realizados até ontem, o BC vendia moeda com compromisso de recompra (marcava data para ter os dólares de volta) ou negociava contratos de câmbio, como fez hoje à tarde, o que não alterava o nível das reservas. A autoridade monetária não informou o valor dos dólares vendidos nesta quarta nesse outro tipo de leilão. Até a última segunda-feira, último dado divulgado pelo BC, as reservas estavam em US$ 208 bilhões. Taxas No primeiro leilão de hoje, o BC aceitou ofertas por R$ 2,4485 (taxa de corte). O segundo leilão teve taxa de R$ 2,37. Às 11h29, o BC anunciou o terceiro leilão de moeda do dia. A taxa aceita foi de R$ 2,356. A venda de hoje terá impacto nas reservas somente na próxima sexta-feira, data de liquidação da operação. O dado de sexta é divulgado pelo BC ao público com um dia útil de defasagem, ou seja, na próxima segunda-feira.

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