Economia

Bovespa avança 3,57%; dólar cede 3,59%, a R$ 2,196

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postado em 09/10/2008 10:13
As ações brasileiras mostram ganhos nas primeiras operações registradas nesta quinta-feira (09/10), na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O câmbio corrige parte dos "exageros" do dia anterior e volta para o patamar de R$ 2,19. O mercado tenta voltar à normalidade, enquanto digere as últimas medidas anunciadas pelos governos europeus e americano para enfrentar a crise dos créditos "subprime". Nesta quarta-feira (08/10), em uma ação coordenada inédita, o Federal Reserve (banco central dos EUA), o BCE (Banco Central Europeu), entre outros bancos centrais, decidiram um corte extraordinário e conjunto de juros, para animar as respectivas economias. A decisão, embora tenha recebido elogios de analistas que pediam um ação global para deter a crise financeira, teve efeitos restritos sobre o dia dos mercados financeiros. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, valoriza 3,57% e atinge os 39.970 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em forte queda de 3,8%, pelo quinto dia consecutivo, acumulando perdas de 22,5% neste período. O dólar comercial é cotado a R$ 2,196 na venda, em forte decréscimo de 3,59%. A taxa de risco-país marca 428 pontos, número 1,66% acima da pontuação anterior. As Bolsas asiáticas concluíram os negócios de hoje sem direção definida, com investidores ainda incertos sobre o efeito dos cortes de juros sobre a economia global. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,5%, enquanto o mercado de Hong Kong valorizou 3,31%. Na Europa, os investidores voltaram às compras, após as Bolsas sofrerem suas piores quedas em anos: no mercado Londrino, o índice FTSE avança 1,69%, enquanto o índice Dax, da praça de Frankfurt, sobe 1,78%. Ontem à noite, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, alertou para novas quebras de instituições financeiras, enquanto a presidente da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), Nancy Pelosi, disse que o país precisa de um novo pacote de estímulo à economia, de US$ 150 bilhões. No Brasil, o Banco Central voltou a mexer no recolhimento compulsório, promovendo sua terceira liberação de recursos retidos desde o início do agravamento da crise. Com as duas alterações anteriores, o total liberado na economia já chega a R$ 60 bilhões. Entre as primeiras notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que inflação medida pelo IGP-M, em sua primeira prévia mostrou aceleração: subiu 0,55%, ante variação nula no mesmo período em agosto.

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