Economia

Bovespa fecha em queda de 3,97%, aos 35.609 pontos

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postado em 10/10/2008 17:34
Investidores voltaram às compras na última meia hora de pregão e evitaram que a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) concluísse o pregão com perdas de quase 9% nesta sexta-feira (10/10). Pela manhã, a Bolsa suspendeu os negócios por meia hora quando o índice Ibovespa desabou 10,19%. Desde ontem, o mercado está em pânico com notícias de que crise financeira começou a contaminar as empresas da "Main Street" nos EUA (apelido para as empresas não-financeiras, em Wall Street). O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 3,97% no fechamento e atingiu os 35.609 pontos, o seu nível mais baixo desde setembro de 2006. O giro financeiro foi de R$ 5,42 bilhões. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,316 na venda, em alta de 5,36%. Em um dia bastante turbulento também para o câmbio, o Banco Central promoveu três leilões de venda de dólares, além de um leilão de "swap" cambial, o que equivalente a uma venda de moeda no mercado futuro. Desde ontem, os investidores já estavam nervosos com as notícias vindas dos EUA. Perto do encerramento, a Bolsa de Nova York desabou, arrastando consigo a Bovespa, em que um terço dos investidores é de "estrangeiros". Wall Street deu o sinal para que as Bolsas asiáticas desabassem: a Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 9,62%. As Bolsas européias seguiram pelo mesmo caminho: em Londres, as ações caíram 8,9% (pelo índice FTSE), enquanto a Bolsa alemã perdeu 7%. As Bolsas americanas abriram o dia derretendo 12% e continuaram com oscilações bruscas ao longo de todo dia. Perto do fim, o índice Dow Jones deu sinais de recuperação e cedeu apenas 1,49%, quase um "anticlimax" para uma jornada que prometia quedas muito maiores. "Há alguma expectativa que neste final de semana possa surgir um novo corte de juros, ou mesmo, um novo pacotão financeiro estatizante, em que se compra os créditos podres na praça e coloca no bolso do governo. Mas isso está somente na cabeça das pessoas", comenta Expedito Araújo, operador da corretora Alpes, acrescentando: "o mercado está totalmente emocional. Está irracional".

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