Economia

Petróleo volta a fechar em queda com desconfiança sobre crise

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postado em 14/10/2008 17:49
Os preços do petróleo voltaram a recuar nesta terça-feira (14/10), com os investidores atentos aos desdobramentos da crise financeira dos Estados Unidos, depois da breve euforia provocada pelas medidas dos governos mundiais destinadas a resgatar as instituições financeiras. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em novembro terminou cotado a US$ 78,63, em baixa de 3,15% em relação ao fechamento de segunda-feira (US$ 81,19). "Os investidores voltaram a se concentrar no fato de os mercados de energia estarem dominados pela questão da demanda", constatou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, um problema que havia tido forte influência na queda dos preços depois dos recordes alcançados em julho. Ontem, o mercado chegou a ter um dia de alívio com o anúncio de medidas contra a crise também na Europa e a commodity registrou alta de 4,49% na cotação, após cair 10,27% na sexta-feira (aos US$ 77,70). O estado da demanda energética deverá refletir no relatório semanal do Departamento de Energia americano, que será divulgado quarta-feira. Na quarta-feira passada (8), o departamento divulgou elevação das reservas americanas em 8,1 milhões de barris na semana anterior. Na ocasião, a maior parte dos analistas esperava elevação de pouco mais de dois milhões de barris. Thierry Lefrançois, da Natixis, prevê que os estoques de produtos derivados do petróleo ainda registrem alta --de mais de 7 milhões de barris-- uma "tendência que deverá acentuar a pressão sobre os preços do petróleo a curto prazo, enquanto a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) não tiver uma resposta". As sombrias expectativas de demanda do petróleo e dos combustíveis levaram a Opep a marcar uma reunião extraordinária no dia 18 de novembro, em Viena. O objetivo é discutir os efeitos da queda dos preços da commodity. Com France Presse, em Nova York

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