postado em 15/10/2008 20:27
Mesmo com a crise americana afetando diversos setores da economia no país, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, garantiu nesta quarta-feira (15/10), ao apresentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, que a geração de postos de trabalho não vai ser impactada.
;O Natal vai ser melhor que o de 2007. Continuo afirmando que o crescimento do PIB chegará a 6%, que vamos gerar mais de 2,1 milhões de empregos e que o Brasil está no caminho certo, tomando as providências certas para se imunizar de uma crise criada pelos americanos e que é deles;, disse Lupi.
O Caged registrou, em setembro, o maior número de contratações acumuladas, no período, desde o início da série histórica da aferição dos dados, em 1992. No total, foram gerados 2.086.570 empregos desde janeiro deste ano, o que ultrapassa a meta do ministério para o ano de 2 milhões de postos de trabalho.
;Quem trabalha com investimento tem que ter muita tranquilidade. Temos uma economia com bases muito sólidas, crescimento em todos os setores e regiões. Poderá ter no setor de exportação algum efeito pequeno nas contratações, mas só a partir do segundo semestre de 2009. Mesmo assim, eu prevejo um 2009 muito positivo, com mais de 1,8 milhão de empregos gerados;, afirmou.
Questionado sobre um possível excesso de otimismo quanto às previsões, o ministro foi enfático: ;olhe os dados da economia. É só perceber que, mesmo com uma crise internacional, você não vê outro país para se investir com maior tranquilidade do que o Brasil. Acompanhado da China e da Índia, o Brasil é um dos países que dão mais rentabilidade a quem quer investir;.
Entre os setores em que a oferta de emprego cresceu, o maior responsável pelo resultado do mês é o de serviços, com 104.653 novas assinaturas em carteira. Em seguida, vem a indústria de transformação, com 114.002 novas vagas de trabalho e o comércio, com saldo de 53.260 postos. Só o setor agrícola registrou demissões (25.312).
Sobre o setor de construção civil, um dos que são anunciados como mais sujeito à desaceleração, com a crise, Lupi disse que ;continuará forte, porque precisa dos recursos do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço]. O principal financiador para a construção civil é a Caixa Econômica Federal [CEF], através dos recursos do Fundo de Garantia. Não faltarão recursos para o investimento da economia nacional;, assegurou.
Entre as regiões do país, o Nordeste apresentou o maior crescimento do número de postos de trabalho, de 2,43%. Na seqüência, o nível de emprego cresceu mais nas regiões Norte (0,81%), Sul (0,71%), Centro-Oeste (0,66%) e Sudeste (0,65%).