Economia

Bovespa recua 5,33%; dólar avança 1,29%, a R$ 2,194

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postado em 16/10/2008 16:07
São Paulo,SP (FolhaNews) - A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) caminha para acumular o seu segundo dia de fortes perdas, na jornada desta quinta-feira, apesar do registro de uma baixa histórica na jornada de ontem (11,39%, a pior em dez anos). O temor de uma recessão global afugenta os investidores da Bolsa de Valores, enquanto pressiona o câmbio, que atinge R$ 2,1XX. A cotação da moeda americana, que já bateu R$ 2,26 no momento de maior estresse dia, cedeu à força de três intervenções do Banco Central. O Ibovespa, índice que acompanha os preços das ações mais movimentadas, retrocede 5,33% e atinge os 34.868 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,55 bilhões. O dólar comercial é negociado a R$ 2,194 na venda, com avanço de 1,29% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 482 pontos, número 4,55% acima da pontuação anterior. O BC já promoveu um leilão de venda de dólares, um segundo leilão de venda, mas com recompra em 182 dias, e outro leilão de "swap" cambial, em que ofereceu cerca de US$ 2,5 bilhões mas os bancos somente tomaram US$ 1,814 bilhão. As Bolsas européias despencaram no fechamento de hoje: em Londres, o índice FTSE cedeu 5,34%; em Paris, o CAC perdeu 5,91%, enquanto o índice Dax, do mercado de Frankfurt, caiu 4,91%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York registra perda de 0,36%. EUA. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) divulgou uma das piores notícias do dia até o momento: a produção industrial caiu 2,8% em setembro. Trata-se da maior queda num único mês desde 1974. Analistas do setor financeiro projetavam um declínio de 1,5%. Segundo o Fed, a greve da Boeing e o impacto dos furacões Gustav e Ike influenciaram no desempenho do setor industrial. Entre outras notícias, o banco norte-americano Citigroup anunciou revelou um prejuízo de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre. Em idêntico período no ano passado, esse gigante financeiro havia apurado lucro de US$ 2,21 bilhões. O prejuízo por ação (US$ 0,60) ficou, no entanto, um pouco melhor que a previsão da maioria dos analistas do setor financeiro (US$ 0,70). Ainda nos EUA, o Departamento de Trabalho informou que a inflação medida pelo CPI (preços ao consumidor) apontou estabilidade em setembro, ante uma variação de 0,1% em agosto. Ontem, o presidente do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke, voltou a sinalizar para uma relaxamento da política de juros, tendo em vista a crise financeira. Economistas de grandes bancos de investimentos estimam que a taxa básica americana, hoje em 2% ao ano, pode encerrar 2008 em 1,5%. Na Europa, o governo alemão reduziu para 0,2% a projeção de crescimento econômico para 2009, contra uma estimativa anterior de 1,2%. A empresa finlandesa Nokia, maior fabricante do mundo de telefones celulares, revelou que o lucro do terceiro trimestre foi 30% menor que os ganhos apurados no mesmo trimestre do ano passado.

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