postado em 17/10/2008 13:44
Depois de perder U$ 9 nas duas últimas sessões, os preços do petróleo sobem nesta sexta-feira (17/10) para o patamar dos US$ 70 em Nova York, ante a expectativa de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduza a oferta do produto em reunião de emergência convocada para a próxima semana.
Às 13h07 (horário de Brasília), os contratos do barril de petróleo para entrega em novembro eram negociados na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês) a US$ 71,94, em alta de % em relação ao fechamento anterior. Durante a sessão, a cotação oscilou entre a mínima de US$ 69,84 e a máxima de US$ 73,02.
Ontem, o contrato caiu US$ 4,69, a US$ 69,85, fechando pela primeira vez abaixo de US$ 70 desde agosto de 2007.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse hoje ser "absolutamente escandaloso" o fato de que a Opep estude a possibilidade de reduzir sua produção de petróleo durante uma reunião em Viena, na próxima semana.
Em reunião em Nottingham (centro da Inglaterra), o premiê britânico expressou sua total rejeição de que o cartel petroleiro esteja considerando um corte de sua produção, em sua reunião da próxima semana, antecipada pela queda do preço do barril.
O ministro da Energia do Qatar, Abddullah Ben Hamad Al Atiya, afirmou nesta sexta-feira que a Opep poderá reduzir a produção em pelo menos um milhão de barris dia durante o encontro.
A Opep reúne 12 países e fornece 40% do petróleo mundial. Ante a redução dos preços, o cartel adiantou para a próxima sexta-feira (24) a reunião de emergência marcada, a princípio, para 18 de novembro.
"O petróleo dá sinais de recuperação", disse Phil Flynn, da Alaron Trading. "A ameaça de um novo corte da Opep na reunião da próxima semana tem feito subir o preço do petróleo", disse David Evans, analista da BetOnMarkets.com. "O petróleo tem estado em uma espiral descendente à medida que cresce a preocupação por uma recessão mundial", acrescentou.
Segundo Flynn, o barreira dos US$ 70, que ultrapassou na quinta-feira em NY, poderia constituir um nível de apoio para os preços do petróleo, que recuaram mais da metade em relação ao recorde de US$ 147 registrado em julho deste ano.