Economia

Bolsas da Ásia sobem com otimismo de investidores; Tóquio avança 3,6%

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postado em 20/10/2008 08:47
Os investidores asiáticos voltaram às compras e as Bolsas do continente subiram nesta segunda-feira (20/10). A Bolsa de Valores de Tóquio (Japão), a principal da região, fechou em alta de 3,6%, aos 9.005,59 pontos. Segundo analistas, as altas foram causadas, principalmente, pelo movimento em busca de ações baratas nos mercados. Além de Tóquio, fecharam em alta as Bolsas de Hong Kong (4,34%), Austrália (3,90%), Coréia do Sul (2,28%) e China (2,16%). "As recentes medidas globais [para acabar com a crise financeira] devolveu alguma confiança para os setores bancários na maioria dos mercados", afirmou Kengo Suzuki, da Shinko Securities em Tóquio. Na China, nem o anúncio de desaceleração da economia desanimou o mercado. Nesta segunda, o Escritório Nacional de Estatísticas do governo anunciou um crescimento de 9,9% entre janeiro e setembro de 2008. O resultado, que equivale a US$ 2,95 trilhões, é menor do que o crescimento de 11,9% em 2007. Durante o primeiro semestre de 2008, a China tinha registrado um crescimento econômico de 10,4%. Os analistas econômicos estimam que a economia do gigante asiático crescerá em torno de 9% no final de 2008. Já na Coréia do Sul, o governo prometeu US$ 130 bilhões (cerca de 13% do PIB do ano passado da quarta maior economia asiática) de ajuda aos bancos locais. "O governo decidiu se unir aos esforços coordenados globais para estabilizar os mercados financeiros", afirmou o ministro das Finanças, Kang Man-soo. A medida sul-coreana se junta aos passos de Estados Unidos e Europa nas últimas semanas para estancar a crise. O governo americano anunciou o uso de US$ 250 bilhões dos US$ 700 bilhões aprovados pelo Congresso no início deste mês para evitar um colapso do setor financeiro. Na Europa, os governos da Alemanha, França, Espanha, de Portugal, do Reino Unido e outros países já anunciaram suas ajudas bilionárias. Juntas, as medidas de todos os governos que já se mobilizaram superam os US$ 2 trilhões. "A maioria dos mercados ainda está frágil com os temores sobre a economia global e os países emergentes", afirmou Suzuki à Reuters. A alta na Ásia injeta nos mercados ânimo para a segunda-feira no resto do mundo. Na sexta-feira (17/10), as Bolsas americanas fecharam em queda após um forte recuo da confiança dos consumidores na economia e dados sobre a construção de imóveis nos Estados Unidos piores que o esperado. O Departamento do Comércio informou que a atividade de construção nos EUA caiu 6,3% no mês passado, atingindo o pior desempenho em 17 anos - uma taxa anualizada de construção de 817 mil unidades. Os dados da construção e a queda da confiança dos consumidores reavivaram os temores de que a economia norte-americana esteja em recessão e provocaram que, ao final das negociações em Wall Street, as ações mergulhassem no vermelho.

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