Economia

Apesar de quedas de juros, bolsas de NY operam em baixa

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postado em 21/10/2008 16:19
As bolsas americanas operam em baixa acentuada nesta terça-feira (21/10). Depois de um pregão em que o Dow Jones subiu mais de 4% ontem, os investidores aguardam para avaliar quais os próximos movimentos do mercado. Os resultados corporativos já divulgados, no entanto, desanimaram. Às 15h43 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,32%, indo para 9.143,33 pontos no Dow Jones, enquanto o S 500 caía 1,79%, para 967,73 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 2,58%, indo para 1.724,44 pontos. Ontem, o Dow Jones subiu com a queda nas taxas de juros interbancários e a sugestão do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, de que um novo pacote de estímulo à economia, aos moldes do que foi aprovado em fevereiro deste ano, seria "apropriado". Mas os resultados corporativos já divulgados não ofereceram segurança aos investidores: a DuPont informou que vai rebaixar sua previsão de ganhos para este ano. Já os ganhos da Caterpillar foram fracos devido a um aumento nos custos das matérias-primas. A Pfizer, no entanto, anunciou resultados que superaram as expectativas dos analistas. Mesmo assim, a estimativa dos analistas é de que períodos de volatilidade acentuada, como a vista na semana passada, devem se tornar menos comuns. Com os juros interbancários tendo recuado dos altos níveis que atingiram no mês passado, após a quebra do banco Lehman Brothers, a tensão nos mercados diminuiu. A chamada taxa London Interbank Offered Rate (Libor) para empréstimos de três meses em dólares caiu 0,23 ponto percentual, para 3,83%. Já a European Interbank Offered Rate (Euribor), para empréstimos de três meses em euros, também caiu - 0,03 ponto percentual, para 4,968%. A Libor é a referência para cobrança de juros por empréstimos que as maiores instituições bancárias fazem entre si. Por isso, ela é utilizada como base para que os bancos calculem os juros que cobram em outros empréstimos. A Euribor, por sua vez, foi introduzida depois da criação do euro, em 1999. Como essas taxas estão na base dos cálculos para os juros, a redução sinaliza um barateamento do dinheiro. A redução reflete as iniciativas tomadas por governos e bancos centrais nas últimas semanas, na tentativa de evitar que a crise avance do setor financeiro para a economia real. Essas medidas incluíram já reduções emergenciais de juros, pacotes de ajuda a empresas financeiras que rondam, no total, os US$ 3 trilhões, e injeções quase diárias de dinheiro para favorecer os empréstimos entre os bancos. "Há uma luz no fim do túnel que indica que essa crise de crédito está chegando ao fim", disse o economista-chefe da Avalon Partners, Peter Cardillo. "Mas, até vermos os mercados de crédito voltarem à plena normalidade, o mercado de ações ainda vai ter muitos sobressaltos." Com informações da agência France Presse

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