Economia

Crise leva Renault a demitir 300 funcionários na Argentina

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postado em 22/10/2008 11:07
A montadora Renault na Argentina cortou 300 funcionários, segundo o diário argentino "Clarín", citando informações do Sindicato de Mecânicos e Similares do Transporte Automotivo (Smata), da província de Córdoba. Fontes da Renault ouvidas pelo "Clarín" disseram que nas últimas semanas a empresa perdeu um terço de suas exportações devido aos efeitos da crise financeira internacional. "Seriam 620 funcionários, mas conseguimos um acordo na empresa para que o número fosse baixado para 300", disse ao "Clarín" o porta-voz do sindicato, Leonardo Almada. Foi o primeiro corte expressivo de funcionários no setor automotivo argentino desde a crise ocorrida no país, entre 2001 e 2002, diz o jornal. Almada disse que foram suspensos os funcionários com contratos de trabalho eventual - que abrange empregados de empresas terceirizadas. Segundo o "Clarín", a Renault tinha até ontem 1.400 funcionários, dos quais 500 trabalham com esse tipo de contrato - os 300 funcionários demitidos faziam parte desse grupo. "Trata-se de gente que não estava em caráter efetivo. Serão indenizados segundo a lei, ainda que a empresa tenha se comprometido a reincorporá-los logo que a crise passar. Eles serão os primeiros com direito a retorno quando as coisas melhorarem", disse o porta-voz. A Renault também deve interromper a produção na unidade de Santa Isabel de hoje até sexta-feira (24), a fim de reajustar a linha de produção. Trata-se de uma parada técnica, segundo fontes da Renault citadas pela agência argentina de notícias Infobae. De acordo com essa fonte, a produção na unidade passará de 430 a 310 unidades por dia nos modelos Kangoo, Clio e Mégane, bem como o novo modelo L-35.

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