postado em 22/10/2008 16:53
Os preços do petróleo caíram ao menor nível registrado em um ano, após a divulgação divulgação dos estoques dos Estados Unidos, que reforçaram ainda mais os temores de uma queda na demanda a dois dias da reunião extraordinária da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), às 16h09 (horário de Brasília) o barril do petróleo para entrega em dezembro recuava 7,02%, para US$ 67,11 ante o fechamento da sessão anterior (US$ 72,18). Na cotação máxima da sessão de hoje, o barril chegou a US$ 71,80 e na mínima, US$ 66,20, valor não registrado desde junho do ano passado.
Segundo informou o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de petróleo nos Estados Unidos aumentaram em 3,2 milhões de barris na semana passada e ficaram em 311,4 milhões.
A maioria dos analistas esperava um aumento nas reservas de petróleo e de gasolina pela quarta semana consecutiva, no momento em que diminui a demanda e as refinarias começam a trabalhar com mais capacidade para aumentar a produção de combustíveis de calefação.
A agência informou que, com esta alta de 1%, as reservas de petróleo estão dentro da média nesta época do ano.
O quadro só aumenta os temores do mercado de queda da demanda do petróleo, principalmente após os dados de expansão da economia chinesa. O país dá sinais que começa a sentir os efeitos da crise, com crescimento de 9,9% nos primeiros nove meses de 2008, após cinco anos de resultado em duas cifras.
Nos Estados Unidos e na Europa, à beira da recessão, o consumo de produtos de petróleo já acusa recuo.
Os preços do petróleo chegaram a recuar em sessões recentes, ante a antecipação da reunião emergencial da Opep na sexta-feira e a perspectiva de anunciar um corte na produção. O encontro do cartel foi motivado pela queda brusca do petróleo nas últimas semanas.
O preço do barril caiu a menos da metade do preço em relação ao recorde de julho deste ano, aos US$ 147 o barril.