Economia

Bovespa fecha em retração de 10,18%, aos 35.069 pontos

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postado em 22/10/2008 18:44
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) interrompeu o pregão pela sexta vez em pouco mais de 20 dias na jornada desta quarta-feira (22/10), mostrando que volatilidade continua a ser a palavra de ordem nos mercados financeiros. A temporada de divulgação de balanços corporativos reforçou o pessimismo dos investidores sobre a perspectiva de uma recessão global. As oscilações da bolsa "testaram" os nervos dos participantes do mercado financeiro várias vezes ao dia: por volta das 15h, às 16h, para desabar 10,3% às 17h17, quando o "circuit breaker" foi acionado, suspendendo o pregão por meia hora. Devido a essa interrupção, o expediente foi prorrogado para as 18h18. O "after market" foi ajustado para o horário das 19h às 19h30. Em um dia bastante turbulento, o Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 10,18%, aos 35.069 pontos. O giro financeiro foi baixo, de R$ 4,42 bilhões. Epicentro Em Nova York, no epicentro da crise financeiro, a Bolsa despencou 5,69%. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,382 para venda, o que representa um incremento de 6,76% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país disparou 25,83% e atingiu os 677 pontos. "Foi um conjunto de fatores que atuou para derrubar a bolsa dessa forma. Um desses fatores foi essa medida provisória do governo para estatização dos bancos, que pegou muito mal no mercado. Passou a impressão de que há instituições financeiras realmente com problemas", notou Boris Kogan, operador da corrretora Walpires. "O primeiro-ministro britânico, o Gordon Brown, também anunciou que a Inglaterra deve entrar em recessão, justamente uma das maiores economias do mundo. E nós tivemos ainda balanços muito ruins nos EUA", acrescenta o operador.

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