Economia

Standard & Poor´s alerta que pode piorar nota de risco da Rússia

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postado em 23/10/2008 16:26
A agência de classificação de risco Standard & Poor´s anunciou nesta quinta-feira (23/10) que considera baixar a nota da dívida soberana a longo prazo da Rússia. A entidade reduziu de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota da dívida soberana a longo prazo. "A revisão da perspectiva reflete a probabilidade de uma queda se os custos para o Estado russo das operações de resgate dos bancos continuarem aumentando, em um contexto de fuga de capitais em alta e retrocesso da confiança no sistema financeiro e monetário", informou a agência em um comunicado. O governo russo injetou US$ 200 bilhões para reduzir os efeitos da crise financeira mundial, que provocou nos mercados financeiros de Moscou prejuízos de cerca de dois terços de seus valores, após ter alcançado recordes máximos em maio. Em abril deste ano, a agência elevou o rating soberano do Brasil para grau de investimento, a melhor classificação para receber investimentos estrangeiros. Com a decisão, o rating do Brasil em moeda estrangeira em longo prazo passou de BB para BBB-, nota que já está incluída no grupo classificado como grau de investimento. O Brasil foi o último dos Brics a conseguir a classificação. Em janeiro do ano passado, a S concedeu a classificação à Índia: a nota do país passou, então, para BBB-/A-3 (contra a nota anterior, BB /B). À época, a agência classificava a Rússia com a nota A-/A-2 e a China com a nota A/A-1. O grau de investimento é a classificação dada pelas agências de rating a países com poucas chances de deixar de honrar suas dívidas. Com a nota, o Brasil poderá receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram essa chancela de bom pagador. Entenda. O rating é uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco, que emitem notas, expressas na forma de letras e sinais aritméticos, que apontam para o maior ou menor risco de ocorrência de um "default", isto é, de suspensão de pagamentos. Para publicar uma nota de risco de crédito, os especialistas dessas agências avaliam além da situação financeira de um país, as condições do mercado mundial e a opinião de especialistas da iniciativa privada, fontes oficiais e acadêmicas. O rating é sempre aplicado a títulos de dívida de algum emissor. Se uma empresa quer captar recursos no mercado e oferece papéis que rendem juros a investidores, a agência prepara o ´rating´ desses títulos para que os potenciais compradores avaliem os riscos. Com France Presse

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