Economia

Preço do petróleo desacelera para US$ 62 mesmo com corte da Opep

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postado em 24/10/2008 11:25
O preço do petróleo caiu nesta sexta-feira (24/10) para o patamar de US$ 62, mesmo com o corte de 1,5 milhão de barris efetuado na cota de produção dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta sexta-feira. Às 10h52 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em dezembro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 63,27, em baixa de 6,74%. Até o horário, o valor máximo atingido pelo barril foi US$ 63,70 e o mínimo, US$ 62,85. A decisão foi adotada na 150ª conferência ministerial extraordinária da organização, prevista inicialmente para 18 de novembro, mas antecipada depois que o preço do barril de petróleo despencou para menos de US$ 70. A medida foi justificada pelo risco de que o "colapso dramático, sem precedentes em velocidade e magnitude" dos preços do petróleo nos últimos três meses, ameace os projetos em andamento no setor e provoque "uma escassez de fornecimento em médio prazo". Além disso, advertiram que a Opep, responsável por cerca de 40% da produção mundial de petróleo, não está disposta a "carregar sozinha" a tarefa de segurar os preços, e pediram aos principais concorrentes do grupo que reduzam suas ofertas. O ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, disse estar satisfeito com o corte. "É uma decisão correta e que marca o início de uma política da Opep de tirar do mercado os volumes em excesso", declarou Ramírez. Por enquanto, a redução aprovada hoje "é suficiente para frear os preços", comentou o ministro em referência à queda que a commodity sofreu nos mercados internacionais, até mais de 50%, desde julho passado. Apesar disto, o também presidente da estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela S/A), disse que na conferência extraordinária de hoje os 13 membros do cartel deixaram aberta a possibilidade de aplicar uma nova redução do bombeamento na reunião que seria realizada no dia 17 de dezembro na Argélia. Com relação à proposta venezuelana de restabelecer uma faixa de preços como a existente entre 2000 e 2005, como ferramenta de estabilização, Ramírez disse que a apresentou para os outros membros da Opep, embora tenha dito que a prioridade agora é "buscar a estabilidade". "Primeiro é que se estabilize [o preço do petróleo] e depois veremos que faixa podemos construir", declarou.

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