Economia

Líderes da Ásia e Europa atingem consenso sobre crise

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postado em 25/10/2008 11:50
Líderes europeus e asiáticos, reunidos em um encontro de cúpula em Pequim, afirmaram neste sábado (25/10) que alinhavaram um consenso amplo sobre as alternativas para se fazer frente à turbulência financeira global e vão apresentar essas avaliações durante um encontro em Washington, no próximo mês. Em entrevista concedida ao final do Encontro Ásia-Europa, que durou dois dias, os líderes defenderam novas regras para direcionar a economia global e enalteceram o papel de liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar os países afetados pela crise. O fórum bianual, conhecido como ASEM (na sigla em inglês), normalmente não toma decisões e o comunicado divulgado pelos seus líderes sinaliza a maneira como a crise no mercado global está sendo vista e avaliada pelas instituições. "Eu estou satisfeito em confirmar uma determinação compartilhada e um compromisso da Europa e da Ásia para trabalharmos em conjunto", afirmou o presidente da Comissão Européia, José Barroso, no encerramento da entrevista coletiva sobre a conferência. Ele afirmou que os participantes poderiam utilizar o comunicado como uma base para a abordagem que tomarão no encontro entre os líderes das 20 maiores economias do globo, em 15 de novembro, em Washington. Embora escasso em detalhes, o comunicado, divulgado nessa sexta (24/10), exorta o FMI e instituições semelhantes a ajudarem na estabilização de bancos em dificuldades e na proteção dos preços decrescentes das ações. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que o encontro em Pequim ampliou as expectativas de que a reunião de líderes em Washington culminará em resultados sólidos. "Eles manifestaram o desejo de que o encontro em Washington seja um lugar em que tomemos algumas decisões e todos nós concordamos que não será possível, simplesmente, apenas nos encontrarmos para debater o assunto. Precisamos transformá-lo em um fórum de decisões", disse Sarkozy. A chanceler alemã, Angela Merkel, exortou o FMI a ser "um guardião da estabilidade do sistema financeiro internacional" e disse que houve um acordo unânime de que o organismo tem que assumir um papel de supervisão. Ela também propôs uma integração gradual do FMI ao Fórum de Estabilidade Financeira, fundado em 1999 pelo Grupo dos Sete (G-7, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) e que tem o objetivo de estimular o sistema financeiro internacional.

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